6ª ETAPA - CALDAS DA RAINHA


É tempo de deixar Óbidos para trás e seguir pela N8 até às Caldas da Rainha. Na rotunda siga a indicação para Caldas, voltando à sua esquerda. Cerca de 800m depois encontrará nova rotunda, siga em frente em direcção ao Centro e Hospital Termal. Deverá deixar a AC cerca de 500m depois desta rotunda. Não deverá ser difícil encontrar estacionamento na berma da estrada desse ou do outro lado da faixa (N 39º 24' 05 W 09º 08' 11''). Encontra-se agora na Av. Dr Manuel Figueiredo Freire da Câmara.
É aqui que terá inicio o percurso pedestre para conhecer esta cidade. Desça a Av. até encontrar o Lg. do Conde de Fontalva, onde a estátua da Rainha D. Leonor parece zelar pelo trânsito que por ali diáriamente passa.

R. D. Leonor no Lg Conde de Fontalva

Siga depois pela Rua de Camões à sua esquerda, onde, no nº 57 pode visitar o Museu do Ciclismo. Neste local encontra-se também temporariamente um núcleo da colecção de José Malhoa, uma vez que as instalações originais, situadas no Parque D. Carlos I, encontram-se a sofrer obras de remodelação.

Museu do Ciclismo
Local: Rua de Camões, 57 1º 2500 Caldas da Rainha
Contacto: Tel. 262 83 97 00

Quando sair do Museu, vire à sua esquerda e suba a Rua do Parque para chegar à Praça da República, onde poderá visitar o Mercado da Fruta. Trata-se de um tradicional mercado diário, ao ar livre, com o aspecto de uma feira movimentada. Misture-se com a multidão, inspire os aromas da fruta e dos legumes e aprecie o melhor que a agricultura do Oeste tem para oferecer. Poderá aproveitar para comprar aqui tão conhecida cerâmica tradicional das Caldas.

Mercado da Fruta

Subindo a Praça do lado esquerdo encontra-se a Ermida de S. Sebastião, capela construída no séc. XVI, remodelada no séc. XVIII onde se introduziu o revestimento azulejar evocativo da vida do patrono, São Sebastião.

Chafariz das 5 Bicas

Do lado esquerdo encontra-se a Ermida de S. Sebastião, capela construída no séc. XVI, remodelada no séc. XVIII onde se introduziu o revestimento azulejar evocativo da vida do patrono, São Sebastião.

Aproveite para ir observando os edificios Arte Nova que se encontram espalhados pelas ruas das Caldas da Rainha.

Regressando à Praça da República que conserva ainda grande parte dos edifícios do séc. XIX, continuamos o nosso circuito descendo pela Rua da Liberdade, onde se pode saborear ou adquirir as célebres cavacas, os beijinhos ou as trouxas das Caldas. Chegamos assim ao largo da Rainha D. Leonor, onde deparamos com o conjunto de edifícios que constituem o Hospital Termal, imóvel proveniente, nas suas estruturas gerais, das obras fomentadas pelo Rei D. João V nas Caldas da rainha, entre 1474 e 1750.

Hospital Termal

Anexo ao Hospital Termal, situado nas suas traseiras, não poderemos deixar de visitar a Igreja Nossa Senhora do Pópulo, consagrada a Nossa Senhora do Pópulo pela Rainha D. Leonor. Inicialmente construída como capela primitiva do Hospital Termal, o rápido crescimento da povoação fez dela a Igreja Matriz das Caldas até quase aos nossos dias. Datada de1500, foi planeada por Mestre Mateus Fernandes, um dos arquitectos da Batalha (Capelas imperfeitas). Neste edifício conjugam-se elementos do tardo–gótico europeu com outros de características mais locais (mudéjares e manuelinos). Possui o revestimento interior em azulejos seiscentistas, mantendo da construção primitiva painéis azulejares hispano – árabes nos altares laterais. Localizado sobre o arco triunfal, o tríptico da paixão tem motivado o interesse de investigadores, quanto à sua autoria e localização original.

Igreja do Pópulo

Saindo da Igreja Nossa Senhora do Pópulo e subindo a escadaria ficamos defronte para o Museu do Hospital e das Caldas. Este edifício terá sido construído em finais do século XVIII para servir de acolhimento à família real durante a sua deslocação a estas termas. No século XIX, foi apropriado para residência dos Administradores do Hospital, função que deixaria de ter no final do século, quando se procedeu à edificação de uma nova casa destinada à Administração, devolvendo-se-lhe a sua função original, mantida até ao fim da monarquia. Depois de receber várias funções, como o Tribunal da Comarca e o Registo Civil, um estabelecimento de ensino e sede de colectividades, foi devolvido ao Centro Hospitalar que o recuperou para a constituição do Museu do Hospital e das Caldas. O Museu revela as memórias da instituição e do espaço urbano que em seu torno se desenvolveu. O seu espólio é constituído por Pintura, Escultura, Talha, Ourivesaria, Paramentaria, Mobiliário, Cerâmica, Documentos Gráficos e Instrumentos Médicos e Científicos, do século XVI ao Século XX.

Museu do Hospital e das Caldas
Local: Centro Hospitalar de Caldas da Rainha 2500 - 176 Caldas da Rainha
Horário: 3ª a 6ª das 14h às 17h, Sábado das 9h às 12.30h e das 14h-17h; Domingos e Feriados das 9h às12.30h
Contacto: 262830300

Terminada a visita ao Museu, regresse ao Largo da Rainha D. Leonor e avance pela rua de Camões onde do lado esquerdo pode entrar para o Parque D. Carlos I e Mata Rainha D. Leonor, um espaço acentuadamente ajardinado com inúmeras árvores seculares e possuidor diversos equipamentos recreativos, como um lago com barcos que poderá alugar, um campo de ténis, coreto e um bar com esplanada. O Parque D. Carlos I dispõe ainda de equipamentos culturais, como o Museu José Malhoa (actualmente encerrado para obras) e diversas esculturas do séc. XIX e XX distribuídas por todo o espaço.

Aí perto, protegido por um enorme urso de pedra, está instalado um parque infantil onde, entre equipamento diverso, se destaca um slide suficientemente radical para entusiasmar os muidos mais indiferentes.

Parque D. Carlos I

No extremo oposto do parque, já na mata, existe um bom parque de merendas, com muita sombra, onde é possível, ouvir o canto das muitas aves que o frequentam, sempre à espera de umas migalhas. Mas, se preferir um local mais requintado, dispõe também de um bom bar-restaurante, com uma óptima esplanada, muito perto do parque infantil.

Parque D. Carlos I
Local: Entre a Rua de Camões e a R. Dr. Manuel Freire da Câmara
Horário: 9h00 às 23h
Preço: Gratuito


Saindo do Parque pela Zona das Merendas, entramos na Rua Rafael Bordalo Pinheiro onde em frente ao portão se avista o aldeamento de São Rafael, composto pela Fábrica, Museu, Restaurante e loja. No Museu de Rafael Bordalo Pinheiro poderá observar o tipo de faiança fundamentalmente decorativa inspirada em motivos naturalistas. Aqui, encontramos uma infinidade de peças de utilidade e decoração, nomeadamente, terrinas, pratos, travessas, etc., com as diferentes formas desde couve, animais, frutos, mariscos e outros motivos ligados à Natureza.

Casa-Museu São Rafael
Local: Rua Columbano Bordalo Pinheiro, 53
Contacto: 262 83 93 84
Horário: 2ª a 6ª, das 10h às 12h e das 14h às 16h30. Encerra aos fins-de-semana.
Preço: Dos 6 aos 15 anos, 50c. ; adultos 1€.

Acabada a visita ao Museu de Cerâmica viramos à direita e estamos na Rua Dr. Ilídio Amado onde poderemos visitar, do lado direito o Museu de Cerâmica. Criado oficialmente em 1983, encontra-se instalado num palacete romântico construído na década de 1890 na Quinta Visconde de Sacavém, rodeado de jardins de traçado romântico, com lagos, floreiras e alamedas. O conjunto apresenta profusa decoração com elementos arquitectónicos cerâmicos, nomeadamente azulejos do século XVI ao XX. As colecções são constituídas por uma síntese representativa de vários centros cerâmicos do país e do estrangeiro, bem como por uma mostra da produção cerâmica de Caldas da Rainha, do século XVI aos nossos dias, desde as formas da considerada cerâmica arcaica, até à produção artística de autor do século XIX, destacando-se um importante núcleo da autoria de Rafael Bordalo Pinheiro. Salientam-se núcleos de olaria, miniatura, cerâmica contemporânea de autor e azulejaria.

Museu de Cerâmica
Local: Rua Ilídio Amado, 2504-910 Caldas da Rainha
Contactos: 262 840 280
Horário: 3ª feira a Domingo, 10h00-12h30 e 14h00-17h00. Encerrado à 2ª feira
Preço: 2 euros

Do lado esquerdo encontramos o Centro de Artes, este centro concentra diversas infra-estruturas, o Museu Barata Feio, o Atelier Museu António Duarte e o Atelier Museu João Fragoso a completar estas estruturas foi construído um edifício de oito ateliers, um pavilhão e duas residências. Este centro possui espaços de intervenção ao ar livre para a criação de obras de maior ou pequenas dimensões. O Museu Barata Feyo foi inaugurado em 2004 e acolhe um importante acervo de obras deste escultor. Escultor, ensaísta e pedagogo, foi como estatuário que mais se notabilizou. Podemos admirar os aspectos mais significativos da sua obra, de onde se destacam três grupos temáticos principais: o retrato, a escultura oficial e escultura.

Deixando o Centro de Artes viramos à esquerda e seguimos pela rua Visconde de Sacavém entrando depois na Rua Dr. Manuel F. Freire da Câmara, onde deixou a AC.


Centro de Artes
Depois, pegue na AC e, contornando a estátua da Rainha D. Leonor, no Largo Conde de Fontalva, Siga em direcção à Foz do Arelho. A estrada segue por um longo túnel formado por densas copas de plátanos, plantados de ambos os lados da via. Passará também por muitos pinhais de aspecto gracioso.

Corte para a sua esquerda quando vir a indicação Nadadouro, passe por esta povoação e no cruzamento, repare no curioso arco natural, talhado pelo vento, num maciço de arenito, que faz lembrar algumas paisagens do deserto americano. Siga novamente em direcção à Lagoa de Óbidos virando à direita.
Continue por essa estrada e repare nos ancoradouros, onde os barcos estão amarrados a varas compridas, de forma a poderem acompanhar as diferenças do nível das águas, provocadas pelas marés. Seguindo o caminho, observe também as alterações que se vão produzindo na lagoa, desde as margens onde a água está bastante turva, denotando uma grande eutrofização em que as chuvas vão arrastando detritos e fertilizantes agrícolas, constituindo um óptimo substrato para esta vegetação aquática que, aos poucos, vai ganhando terreno até ás águas salgadas e limpas junto ao mar, onde as margens quase não têm vegetação.

No cruzamento volte a virar à esquerda para chegar à praia da Foz do Arelho. De ambos os lados, encontra-se um amplo areal e bons locais para tomar banho, embora o mar esteja sempre a um pouco agitado. Na lagoa, deverá evitar os locais mais afastados do canal de ligação com o mar, porque a água está um pouco poluída nos terrenos junto às margens, devido, sobretudo, aos produtos utilizados na agricultura. Nas enseadas junto ao canal, a água é limpa, pouco profunda, e ideal para as crianças brincarem. Por outro lado, no canal de ligação com o mar é preciso ter mais cuidado, porque, nas alturas de maior fluxo das marés, a àgua pode correr com muita força.
Pelo caminho, se precisa "revitalizar" a sua AC com água ou energia poderá fazê-lo no Parque de Campismo da Orbitur (N 39º 25' 50" - W 09º 12' 04"), situado do lado esquerdo da estrada nacional.
ORBITUR - FOZ ARELHO
Local - Foz do Arelho 2500 CALDAS DA RAINHA
Contactos: Tel.: 351- 262 97 86 83 Fax: 351-262 97 86 85
Pode ainda pernoitar no largo alcatroado (N 39º 25' 43" - W 09º 13' 21") que fica junto á praia da Foz do Arelho, e onde certamente irá encontrar outros AC para lhe fazer companhia.
Foz do Arelho

Junto à praia, as ofertas são variadas, entre campos de jogos, restaurantes e parques de merendas. E não abandone o local sem reparar na bonita capela que se encontra ao lado do parque de estacionamento.

Chegando à Foz do Arelho, contorne a rotunda para a esquerda entrando na Av do Mar e continue até à praia "aberta", uma das mais belas de Portugal, onde poderá aproveitar para se referescar nas suas águas.
Continuando o nosso percurso, volte para trás e na mesma rotunda, siga pela esquerda para voltar a entrar na N360 começando a subir pela R Francisco Almeida Grândola até atingir o topo da falésia. Neste percurso poderá parar num dos vários miradouros que vai encontrando para se deliciar com as paisagens deslumbrantes onde se avista todo o litoral desde o Cabo Carvoeiro até às Berlengas. Chegará assim a uma rotunda onde deverá seguir pela 3ª saida em direcção a Salir do Porto. Nesta rotunda pode ainda observar uma das mais antigas discotecas em Portugal, a Green Hill que certamente foi ponto de encontro das noites da nossa juventude. Siga agora pela estrada atlântica que se estende ao longo da Serra do Bouro, no alto das escarpas sobranceiras ao mar. Durante o percurso, dos vários miradouros, terá oportunidade de continuar a desfrutar das magníficas vistas sobre a costa marítima. A não perder a vista panorâmica que se pode apreciar no Talefe (marco geodésico situado a 160 m de altitude), um dos locais mais altos do Concelho. Chegando a Salir do Porto, seguir em direcção às enormes dunas de areia branca de onde se pode admirar a “Concha de S, Martinho”, um dos mais belos e originais recortes de toda a costa Portuguesa.

A praia é facilmente localizável, estando indicado o caminho com uma placa logo à entrada da aldeia. A praia fica a NE do centro de Salir, no sentido descendente da povoação. Para aceder à outra margem, siga pela estrada para São Martinho até à ponte, onde encontra saídas para as dunas e daí para a praia.

Visite as quebradas (praias de rocha) começando pela de Maria da Serra. Indo na direcção da igreja Matriz, passará pelo lado direito. Passará na rua do castelo. Siga sempre a mesma estrada. Chegará a uma descida da qual já se avista o mar. Continue até chegar a uma pequena pista de cross. Aí próximo encontrará a quebrada. Para chegar á quebrada de Batos, siga pela estrada de onde veio até uma bifurcação, onde deverá voltar à esquerda. Siga sempre junto ao mar (pelas encostas). Passará pela Quebrada Larga. Quando avistar a Barra de São Martinho, numa zona de areia solta, desça para a esquerda até um pequeno planalto. Daí acederá à Quebrada dos Batos. É aconselhável apenas na maré baixa. Para a quebrada de São Romeu, vire à direita na bifurcação referida acima e depois à esquerda. Desça a estrada de areia solta (a pé) que avista perto do mar, com a forma de um vale. Passará por uma grande figueira, e assim chegará ao local.

Siga a viagem para São Martinho do Porto, na marginal, aproveite para estacionar a sua AC e percorrer a baia a pé. Aproveite para petiscar num dos bares dessa marginal.

Siga depois pela N242 para Famalicão e daí para a Nazaré.

Outras Informações Uteis
Hotspots Internet Wireless
- CTT Caldas da Rainha Rua Eng Duarte Pacheco 3
Praceta António Montez 36
R. Vitor Lopes 9
R. Oliva de La Frontera 20
R. Cardeal Alpedrinha 18
McDonald's - Caldas da Rainha R. Prof. Abílio Moniz Barreto Lt 8

Posto de Turismo
R. Engº Duarte Pacheco

5ª ETAPA - ÓBIDOS


Deixamos a Barragem de São Domingos voltando à EN114 em direcção a Óbidos, tendo atenção à indicação que nos irá surgir do lado direito para a povoação de Olho Marinho.
Nesta povoação devemos procurar a indicação das Nascentes, (a placa surgirá do lado esquerdo da estrada) que ficam junto a um largo com um coreto. Embora quando tenha passado por este local as nascentes estivessem "secas", existem ainda no local vários tanques, que se estendem por um recinto muito agradável, arborizado e com espaço para as crianças brincarem. Esta nascente de água termal, tem a particularidade de brotar quente no Inverno e fria no Verão. Esta água, considerada boa para o tratamento dos olhos e das doenças de pele ganhou a sua fama por intermédio de D. Inês de Castro, que ali se deslocava amiúde, para tratar os seus olhos. Em Nascentes pode ainda provar as tradicionais as ferraduras, que receberam o nome de “bolo da noiva”, e os pratos resultantes da matança do porco.

Nascentes de Olho Marinho


Continue em direcção a Óbidos, junto à entrada da vila, do seu lado direito, perto do aqueduto, encontrará um amplo parque de estacionamento em terra onde poderá estacionar. Não é raro ver por ali AC passando a noite. Pode optar também por deixar a sua AC do outro lado da estrada num parque de estacionamento asfaltado que é pago. Um pouco adiante do parque de estacionamento existe um bom parque de merendas.
O aqueduto junto ao estacionamento, Aqueduto de Usseira ou Aqueduto de Óbidos foi mandado construir por D. Catarina de Austria por volta de 1570 e ligava Usseira, onde se situa o manancial de água a Óbidos, numa distância de 3 quilómetros.

Aqueduto de Usseira

Óbidos é uma vila típica, onde o tempo parece ter parado. As estreitas ruelas escondem, por detrás do cenário turístico que se impõe aos olhares menos atentos, um sussurro de tempos antigos que nos levam a imaginar como seria a vida das gentes medievais. Aproveite para visitar as verdadeiras lojinhas do comércio tradicional, onde os habitantes se abastecem. Aproveite também para parar numa das muitas tasquinhas e provar uma ginginha local.
Óbidos guarda séculos de história entre as suas muralhas. Com um vasto património de arquitectura religiosa e vestígios histórico-monumentais, a vila de reis e rainhas foi, noutros tempos, local de preferência para descanso ou refúgio das desavenças da Corte. D. João IV e D. Luísa Guerra, D. Pedro II e D. Maria I, D. Leonor, D. Catarina de Áustria e D. Carlos, foram alguns dos monarcas que passaram por estas terras deixando, de uma forma ou de outra, marcas que a vila ainda hoje mantém.
A origem da vila de Óbidos remonta ao século I, à cidade de Eburobrittium. Romanos, visigodos e árabes foram povos que marcaram presença por estas paragens. O ano de 1148 marca a tomada aos mouros de Óbidos, sendo em 1210 doada por D. Afonso II à Rainha D. Urraca. O primeiro condado de Óbidos é instituído em 1636 e, sete anos mais tarde, D. João IV manda reparar novamente as muralhas.

Assim se deixou a sua AC junto ao aqueduto, no estacionamento de terra, atravesse a estrada nacional para o interior da povoação e comece a subir a Rua Direita. Logo à entrada da vila, do lado direito encontrará o Posto de Turismo.

Posto de Turismo
Local: Parque de Estacionamento da Porta da Vila 2510 -089 ÓBIDOS
Contactos: Tel.: 262 959 231 Fax.: 262 955 501 E-mail: posto.turismo@cm-obidos.pt

Um pouco mais à frente, do lado esquerdo encontrará a Igreja de São João Batista . A sua origem remonta a 1309 quando a Rainha Santa Isabel constrói neste lugar, outrora afastado da Vila, uma gafaria ou leprosaria com uma capela dedicada a São Vicente.
Contudo, a configuração que ainda hoje apresenta resulta em grande parte das obras sofridas ao longo do século XVI. Possui uma nave única, estando a capela-mor coberta por uma abóbada de nervuras ogivais, ostentando no fecho central a Cruz de Cristo. A comunicação entre a igreja e a gafaria seria feita através de uma galilé, cujos arcos se detectam no interior. Em meados do mesmo século, sob o reinado de D. João III, novas obras são realizadas, sendo a nave ampliada, fechando-se a galilé, e sendo colocados contrafortes e um novo portal de gosto clássico. É ainda instalado um retábulo da oficina de Garcia Fernandes de cerca de 1540-1550, composto por sete tábuas com cenas do Martírio de São Vicente, hoje no Museu Municipal. Recentemente recuperada com o apoio da Câmara Municipal.

Neste edifício encontra-se a funcionar o Museu Paroquial de Óbidos (ou de S. João), que aposta em exposições temporárias de média duração.

Continuando pela Rua Direita, metros à frente estará na Porta da Vila. Entrada principal da da antiga Óbidos, é encimada pela inscrição - «A Virgem Nossa Senhora foi concebida sem pecado original» - mandada colocar pelo Rei D. João IV, em agradecimento pela protecção da Padroeira aquando da Restauração da Independência em 1640. No seu interior encontra-se a capela-oratório de Nossa Senhora da Piedade, Padroeira da Vila, com varandim barroco e azulejos azuis e brancos (c.1740-1750) com motivos alegóricos à Paixão de Cristo, representando a Agonia de Jesus no Horto e a Prisão de Jesus.

Porta da Vila

A Rua Direita é assim conhecida desde o século XIV e constitui a rua principal da vila de Óbidos, que liga a porta da vila ao Paço. Nos séc. XVI e XVII, as importantes transformações que sofreu esconderam os antigos portais góticos. Dentro das muralhas não existem números de polícia, identificando-se as casas somente pelo nome e rua. De resto, a mais recente planta toponímica data do séc. XVIII.


Rua Direita

Continuando pela principal rua da povoação intramuralhas do lado direito num pequeno terreiro encontraremos o Padrão Camoniano, inaugurado em 1932 e que homenageia o poeta, atestando a sua referência à povoação na obra "Os Lusiadas".

Aproveite para visitar as inúmeras lojas de vinhos e artesanato que se encontram ao longo de toda a Rua Direita, ou mesmo as escondidas nas pequenas ruelas e travessas. Nelas poderá adquirir o que de melhor se produz neste sector, na região e no país. Em certos estabelecimentos poderá provar a famosa ginginha de Óbidos. Este é um dos mais afamados produtos locais, que podem ser adquiridos na Loja do Vinho, onde se encontram as duas marcas locais (Frutóbidos e Oppidum), assim como os conhecidos vinhos de concelho: Oiro de Óbidos e Gaeiras. Igualmente típicos são os bordados, criados em 1950 pela obidense Maria Adelaide Baptista Ribeirete, inspirando-se em elementos arquitectónicos da Igreja de Santa Maria, que podem ser adquiridos na Loja do Lagar.

Referência ainda para as verguinhas de Óbidos, na Oficina do Barro (Largo de Santa Maria). As mantas de retalhos na Loja do Simão (ao fundo da Rua Direita) feitas por Laura Santos. João Ramos tece e expõe na Loja do Artesanato Português (Rua Direita, junto ao Largo de Santa Maria) mantas de tiras de pano. Quanto a artesanato contemporâneo, as cerâmicas pintadas de Albino d'Óbidos podem ser vistas na Casa Mourisca (Rua Direita). De referir, ainda, a pintura em cerâmica de Grazinella Rinaldas (Loja Porão, Rua Josefa de Óbidos), as telhas pintadas de José Artur Correia (Espaço Oppidum, início da Rua Direita) e os moinhos de António Júlio Rodrigues (na sua própria loja, Rua Direita). No Museu Municipal vende-se o interessante «Óbidos, um Convite ao Olhar», ilustrado com fotos de Rui Cunha.



Ginginha de Óbidos

Continundo o percurso do lado direito encontrará a Travessa do Beneficiado Malhão, desça esta travessa e chegará à Igreja de São Pedro. Templo de raiz medieval, foi arruinado pelo terramoto de 1755. Nele cruzam-se elementos barrocos, neoclássicos e eclécticos. Os historiadores locais dizem que possuía pinturas de Josefa d'Óbidos, pintora quinhentista, que aqui está sepultada. A igreja possui um retábulo dourado de talha vinda do Brasil.

Em frente está situada a Capela de S. Martinho. Consiste numa capela funerária familiar. . Na frontaria, rematada por cachorrada, destaca-se o pórtico ogival de três arquivoltas assentes sobre colunas de capitéis vegetalistas e encimado por uma inscrição gótica. No interior, coberto por abóbada nervada, encontram-se três túmulos em arcossólios ogivais, apresentando um deles uma espada esculpida. No exterior conservam-se ainda dois túmulos medievais, sendo o da direita armoriado com cinco escudos representando as armas das famílias Pó, Nóbrega ou Aragão (?) e Portugal (Quinas).

Capela de São Martinho

Voltando à Rua Direita, antes de chegar à Praça de Santa Maria, do seu lado direito, encontra-se o Museu Municipal de Óbidos. Aqui encontrará uma colecção de pintura, arte sacra, armas da Guerra Peninsular (colecção doada em 1961 pela família Pinto Bastos) e fragmentos arquitectónicos medievais. Na pintura, destaque para obras de Josefa d'Óbidos (em particular para o retrato do Beneficiado Faustino das Neves), assim como para um calvário flamengo da passagem dos sécs. XV e XVI, um conjunto de painéis de São Vicente, da Escola Garcia Fernandes (1540-50), três painéis de S. Brás, de Diogo Teixeira (1580-90) e obras prováveis de Baltazar Gomes Figueira (pai de Josefa d'Óbidos), como a «Adoração dos Magos». Da arte sacra destacam-se uma imagem de S. Sebastião, da Escola Coimbrã (1515-20), e várias bandeiras de procissão do séc. XVII, ainda usadas nas comemorações da Semana Santa.

Museu Municipal de Óbidos
Local: Praça de Santa Maria
Horário: 10h às 12h30 e das 14h às 18h. Encerra aos feriados.
Preço: 1,25€ a partir dos 12 anos

Depois de visitar o Museu continue subido a rua, poucos metros á frente de lado direito encontrará a Praça de Santa Maria. Desca essa rua e irá poder ter uma vista sobre os antigos Paços do Concelho.
Do seu lado direito encontra umas escadas, desça-as para chegar à Igreja da Misericórdia, antigamente denominada Capela do Espírito Santo, tendo sido aqui fundada a Santa Casa da Misericórdia de Óbidos pela Rainha D. Leonor em 1498. A igreja sofreu várias reformas, sobretudo a partir de finais do século XVI, quando é reedificada, sendo a mais importante, pelo menos no seu interior, a levada a cabo na segunda década do século XVII pelo Provedor da Misericórdia e Prior de São Pedro, Doutor João Vieira Tinoco. No exterior destaca-se o portal de arrojada composição, rematado por um nicho com uma imagem da Virgem com o Menino de cerâmica vidrada e pintada, de provável produção lisboeta dos anos de 1665 a 1680 (José Meco, 1998). As portas de madeira estão datadas de 1623. O interior, de uma só nave, está integralmente revestido de azulejos azuis e amarelos de tipo padrão (c.1625-30). Assinale-se o importante conjunto de talha maneirista formado pelo cadeiral/tribuna dos mesários e pelos retábulos. O retábulo da capela-mor, obra do entalhador Manuel das Neves sob risco de João da Costa, ostenta duas grandes pinturas de André Reinoso - a Visitação da Virgem a Santa Isabel e o Pentecostes, de cerca de 1628-1630. Os colaterais, também do entalhador Manuel das Neves, de 1626, dourados por Belchior de Matos que havia pintado o painel da Invenção da Santa Cruz para o do Evangelho, hoje no Museu Municipal, abrigam hoje as imagens do Senhor dos Passos e de Nossa Senhora das Dores, ambas de “roca”, encimados por pinturas também de André Reinoso - Cristo a caminho do Calvário e o Descimento da Cruz. Em meados do século XVIII a igreja terá sido reformada uma vez mais, como atesta a data de 1744 na fachada, de que datarão o escudo real que encima o portal da igreja, um outro que encima o arco triunfal, a pintura sobre o mesmo arco, os dois armários laterais da capela-mor e o tecto da nave, com as armas reais no centro. Destaque ainda para o púlpito de pedra lavrada, com a data de 1596, decorado por cartelas e volutas que ostenta na base uma curiosa urna para recolha de ofertas, e para a laje tumular armoriada setecentista da Condessa de Cavaleiros, D. Luísa Guerra. Da sua imaginária salienta-se o magnífico Cristo Crucificado de provável origem espanhola (século XVII) e as imagens da Virgem com o Menino, Santo António e São José, todas na capela mor. Exposta na igreja pode admirar-se ainda a antiga bandeira da Santa Casa da Misericórdia, pintada por Diogo Teixeira em 1592, que parece representar na figura do rei as feições de D. António, Prior do Crato (Sérgio Gorjão, 2000). Anexo a esta igreja fica o antigo Hospital da Misericórdia.


Cruzeiro e Igreja da Misericórdia


Volte a subir as escadas para chegar à Praça de Santa Maria e visite a igreja do mesmo nome. Provavelmente fundada no período visigótico, esta Igreja foi transformada em mesquita, durante a ocupação árabe. Esta Igreja é uma verdadeira obra-prima, sendo este templo um dos mais extraordinariamente belos do Oeste e de Portugal. Deste monumento, diz José Saramago: “A Igreja de Santa Maria é, toda ela, uma preciosidade. É-o imediatamente na proporção geral da frontaria, no delicado portal renascentista, na robusta e sóbria torre sineira. E torna a sê-lo lá dentro nas magníficas decorações do tecto, festa dos olhos que não se cansam de percorrer volutas, medalhões e mais elementos, onde não faltam figuras enigmáticas e pouco canónicas; é-o também no túmulo do Alcaide mor de Óbidos e de sua mulher, obra atribuída ao fertilíssimo Nicolau de Chanterenne e que é sem dúvida do mais belo do que o renascimento produziu; é-o igualmente pelas pinturas de Josefa de Ayala [Josefa d’Óbidos] (…)”

Igreja de Santa Maria

Quando sair da Igreja, do seu lado direito poderá admirar o antigo Solar dos Aboins (actualmente edificio dos correios) mandado construir por D. João V em 1748, para que o fidalgo Aboim dispusesse de uma residência digna de acolher o rei, e o Telheiro da Vila que serviu de mercado até ao início do século XX. Em frente pode-se admirar o Chafariz da Vila ou Chafariz de D. Catarina. Construído no século XVI, possui duas bicas sendo antigamente alimentado pelo Aqueduto da Usseira, encontrando-se, sobre as bicas, duas lages rectangulares. Sobressai, igualmente, um arco de volta perfeita que contém as armas da rainha D. Catarina de Áustria, esposa de D. João III.


Solar dos Aboins


Chafariz da Vila

Volte à Rua Direita, onde irá subir até chegar às portas do Castelo. Do lado direito da porta encontra-se a Igreja de São Tiago. Mandada construir por D. Sancho I, em 1186, possuía originalmente três naves com a entrada principal virada a poente, comunicando assim directamente com o interior do castelo. Era a igreja de uso da Família Real aquando das suas estadas em Óbidos, sendo enriquecida ao longo dos séculos com numerosas obras de arte, de que se destacava a Galeria da Rainha, obra de talha gótica. A igreja foi totalmente destruída pelo terramoto de 1755 e reconstruída em 1772, com a fachada alinhada com a Rua Direita e cabeceira voltada a norte.


Igreja de São Tiago

Depois de visitar a Igreja, é o momento de visitar o monumento emblemático da vila, o Castelo. De origem romana, foi mais tarde uma fortificação sob o domínio árabe. Classificado como Monumento Nacional o castelo apresenta um estilo arquitectónico militar
Assente sobre um penhasco à beira de extenso areal que ainda há pouco mais de dois séculos as águas do mar cobriam o castelo de Óbidos está completamente restaurado sendo assim um dos mais belos castelos em uso


Muralha do Castelo

Formando quadrado, com uns trinta metros de lado, a muralha reforçada de torreões cilíndricos e de torres quadrangulares cerca um terreiro no qual se erguia o paço do alcaide, onde uma robusta torre, se integra no conjunto. O morro onde assenta o castelo parece ter habitado já em tempos pré-históricos, segundo indicam os vestígios alimentares ali encontrados.
Como porto de mar, Óbidos deve ter chamado a atenção dos vários povos cujo domínio se exerceu no ocidente da Península; no decurso desses sucessos, os Romanos e com certeza os invasores muçulmanos, a fortificaram. De resto, pode intuir-se a resistência que se crê ter ai encontrado a hoste de D. Afonso Henriques, quando em 1148, , o nosso primeiro Rei lançou-se na tarefa de apossar-se de toda a região vizinha. No tempo de D. Fernando, em 1375, foi construída a grande torre de menagem D, Manuel I, deu a Óbidos foral em 1513 tendo ordenado a realização de alguns melhoramentos no castelo. Depois disso, atravessando os séculos sem casos de guerra que se inserissem na sua história, o castelo de Óbidos, já desprovido de eficiência militar, mas ainda bem conservado, teve-os todavia nas suas vizinhanças por ocasião das Invasões Francesas, quando, em 1808, o exercito de Junot, primeiro invasor, se viu hostilizado pela sublevação das populações e combatido pelas forças militares anglo-lusas, pois nas proximidades da via se travaram as escaramuças que preludiaram a derrota dos franceses na batalha da Roliça, também ali próxima. Porém se Óbidos e o seu castelo foram parcos em ocorrências bélicas, brilham ainda neles um secular halo de lealdade e um imperecível timbre de seus feitos.

Não termine a visita sem subir ao castelo, percorra o caminho de volta à sua AC pelas muralhas de onde poderá apreciar a magnífica panorâmica sobre os arredores. Curiosamente, há alguns séculos, as águas da Lagoa de Óbidos banhavam os muros do castelo, do lado poente.




Se estiver a precisar de "mudar àguas" à sua AC entre na A8, virando à direita na rotunda à saida de Óbidos em direcção às Caldas. Siga na autoestrada em direcção às Caldas. Ao Km 79 encontrará uma AS tem local para despejo de casetes, e por cima uma torneira com água imprópria para consumo que serve para lavar as cassetes e outra torneira marcada como água própria para consumo, para abastecimento de água. Tem uma espécie de calha no chão que conduz as águas sujas, para a grelha que as recolhe. Possui ainda WC com duche e zona WI-FI.

Se preferir ir pela EN siga também em direcção às Caldas da Rainha, do seu lado esquerdo passará por um imponente edifício, que surge bem destacado, num descampado. Trata-se do Santuário do Senhor Jesus da Pedra. Este singular edifício foi construído entre 1740 e 1747, em substituição de uma pequena capela que ficava a cerca de 300m a norte deste local. A sua denominação advém de uma cruz de pedra com a imagem de Cristo gravada, de data e origem desconhecidas. Repare na magnifica abóbada pintada e no pequeno coche que, até há pouco tempo, servia para transportar a imagem da Virgem nas peregrinações à Nazaré. Fora da Vila, na estrada para as Caldas da Rainha, ergue-se o Santuário do Senhor da Pedra, templo inaugurado em 1747. O risco da obra é de autoria do Arq. Capitão Rodrigo Franco (da Mitra Patriarcal) e tem a particularidade de articular um volume cilíndrico (exterior) com um polígono hexagonal (interior), em planta centrada à qual se anexam três corpos (dois correspondentes às torres e outro que corresponde à sacristia). No seu programa de simetrias destaca-se o jogo de janelas invertidas. O seu interior apresenta três capelas: a capela-mor dedicada ao Calvário, com uma tela de André Gonçalves, e as capelas laterais dedicadas a Nossa Senhora da Conceição e à Morte de São José, com telas de José da Costa Negreiros. A "estranha" imagem de pedra de Cristo Crucificado, em maquineta própria no Altar-Mor, esteve até à inauguração do Santuário recolhida numa pequena ermida junto à estrada para Caldas da Rainha onde era objecto de grande devoção, nomeadamente do Rei D. João V.

Santuário do Senhor Jesus da Pedra



Santuário do Senhor Jesus da Pedra
Horário: Todos os dias, das 9h30 às 12h30 e das 14h20 às 18h40
Preço: gratuito


Diante do Santuário, existe um grande recinto, onde as crianças, normalmente menos interessadas em pormenores históricos e arquitectónicos, podem andar de bicicleta. Junto a um restaurante, que aí se encontra repare no bonito Chafariz Rocaille, da segunda metade do Séc. XVIII.

Festas e Feiras

Festa de Nossa Sra. da Graça (Fev)

Festival Internacioal do Chocolate (Fev)

Festa e Feira de Santa Cruz (Mar)

Festas Religiosas da Semana Santa (Semana Santa)

Mercado Medieval de Óbidos (Jun/Jul)

Festa de São Pedro (Jun)

Festa e Feira de Santa Iria (Out)

Obidos Vila Natal (Dez)

4ª ETAPA - PENICHE

O concelho de Peniche, em outros tempos uma ilha, é uma zona de grandes belezas naturais e de um recorte paisagístico invejável, com um vasto património histórico, cultural e religioso. Desde as magnificas praias existentes ao longo de todo a costa, ideais para a prática de desportos náuticos, ao imponente património cultural, onde se destacam as fortificações e monumentos religiosos, Peniche apresenta uma diversidade de recursos turísticos onde se inclui uma gastronomia rica e variada dominada pelos pratos de peixe e marisco e um artesanato diversificado onde se destacam as famosas Rendas de Bilros.

Por estes motivos era impossível deixar esta localidade de fora deste Guia por Portugal.
Sendo assim, vindos da Lourinhã, última visita do nosso percurso, devemos seguir pela N247 em direcção a Peniche. Antes de chegar a esta localidade, cerca 5,5km depois de deixar o entroncamento para a Areia Branca em direcção a Peniche, encontrará do lado direito uma placa indicando as praias de São Bernardino e da Consolação. Esta última local habitual de visita e pernoita de AC tanto de Verão como de Inverno.
Praia da Consolação

A Praia de São Bernardino tem uma extensão de areia não muito grande, mas com um ar acolhedor que se deve ao facto de estar abrigada entre as arribas que a rodeiam.o que permite a combinação da beleza do mar com a tranquila paisagem de vegetação natural envolvente.

Na Consolação existem duas praias separadas pelo promontório do Forte da Consolação. Este Forte foi mandado edificar em 1641 por D. João IV, com o objectivo de defender a linha costeira da região de Peniche, com forte implemento após a Restauração. Está situado sobre o cerro de Nossa Senhora da Consolação, implantando-se sobranceiramente sobre a baía a Sul do istmo de Peniche, tinha na sua potente artilharia, cujo alcance cruzava com o da Fortaleza de Peniche, importante obstáculo a qualquer desembarque hostil nas praias da dita baía, local onde já anteriormente haviam desembarcado em 1589 as tropas inglesas lideradas por D. António, Prior do Crato.
Forte da Consolação

Do lado sul do Forte encontramos uma praia de rochas conhecida pelo seu elevado teor de iodo que lhe confere propriedades medicinais. A norte encontra-se uma praia de areia que segue para norte até à praia dos Supertubos.
Voltando à N247 siga novamente na direcção de Peniche. Ao entrar na localidade siga as indicações para o porto. Pode estacionar a sua AC no parque de estacionamento em frente ao quartel de bombeiros, onde poderá também pernoitar.

Se é um apreciador da natureza, ou simplesmente se gosta de andar de barco, faça uma visita à Ilha da Berlenga. Atravesse a ponte pedestre, através da qual poderá chegar à Avenida do Mar, vire à esquerda, seguindo em direcção ao porto, aí encontrará várias empresas que vendem bilhetes para esta viagem. Os preços rondam os 15 euros por adulto e 10 euros para crianças dos 5 aos 12 anos, sendo gratuito até aos 5 anos. Os horários variam muito, mas durante a época estival são relativamente regulares.

Travessia de Barco para a Ilha Berlenga
Viamar Tel: 262 78 56 46 Fax: 262 78 38 47
- Ida: de 15 de Maio a 30 de Junho e de 1 de a 15 de Setembro, às 10h00. De 1 de Julho a 31 de Agosto, às 9h30 e às 11h30.
- Volta: de 15 de Maio a 30 de Junho e de 1 de a 15 de Setembro, às 16h30. De 1 de Julho a 31 de Agosto, às 16h30 e às 18h30.

A Ilha da Berlenga dista cerca de 7 milhas do Porto de Peniche, tem um comprimento e largura máximos de 1500 e 800 metros respectivamente, um perímetro de 4000 metros, 88 metros de altitude máxima e -30 de mínima. Todo o arquipélago é actualmente uma reserva natural e só a ilha maior, a Berlenga, é visitável, embora, mesmo assim, com algumas condicionantes relativas ao percurso pedestre. Também foi imposto um limite legal de 300 pessoas por dia na ilha, o que poderá condicionar a sua visita, pelo que deverá, se possível, marcar antecipadamente .
Ilha Berlenga

Toda a área possui um elevado interesse botânico com vários endemismos e espécies de distribuição restrita. Local de nidificação para algumas espécies de aves marinhas (caso do Airo Uria aalge, símbolo da Reserva) e ponto de passagem para numerosas espécies migradoras é ainda uma reserva marinha de grande riqueza faunística, nomeadamente ictiológica. A água é cristalina e convida a um mergulho. Poderá também optar por uma viagem de bote, para visitar as inúmeras grutas semi-submersas.

Não perca a oportunidade de visitar o Forte de S. João Baptista, mandado edificar em 1651, por ordem de D. João IV com a finalidade de impedir a ocupação desta ilha por corsários norte-africanos ou por potências inimigas, tendo vivido em Junho de 1666 o episódio bélico mais célebre da sua história.
Forte de São João Baptista

Nessa data, o Forte de S. João Baptista foi sitiado por uma esquadra espanhola, composta por catorze naus e uma caravela, comandada por D. Diogo Ibarra. Defendida, à altura, por uma pequena guarnição, inferior a vinte homens, e contando com apenas nove peças de artilharia, esta fortificação liderada pelo cabo Avelar Pessoa, conseguiu resistir durante dois dias ao feroz bombardeamento inimigo, bem como provocar importantes baixas nas forças sitiantes, traduzidas num elevado número de mortos, uma nau afundada e duas outras fortemente danificadas, contra um morto e quatro feridos lusos. O esgotamento dos mantimentos e das munições, e a deserção de um dos soldados, que expôs a D. Diogo Ibarra a dramática situação da guarnição portuguesa, motivaram por fim a capitulação do Forte de S. João Baptista.

Voltando a terra firme poderá pernoitar no mesmo estacionamento onde deixou a sua AC. À noite pode aproveitar para passear na Avenida do Mar e deliciar-se com uma “Caldeirada de Peniche” ou “Sardinhas Assadas” num dos restaurantes aí existentes. Para sobremesa prove uns “Amigos de Peniche” ou uns “Esses”, biscoitos de amêndoa típicos desta localidade.

Pode ainda aproveitar para apreciar ou comprar rendas de bilros, artesanato típico deste local. Não é fácil localizar, com exactidão, a data do seu aparecimento, ainda que num testemunho datado de 1625, se regista a doação de uma renda e, poucos anos depois, já a pintora Josefa de Óbidos as inclui em vários dos seus quadros. Em meados do séc. XIX existiam em Peniche quase mil rendilheiras e, segundo Pedro Cervantes de Carvalho Figueira, eram oito as oficinas particulares onde crianças a partir dos quatro anos de idade se iniciavam na aventura desta arte. Mas foi em 1887, com a fundação da escola de Desenho Industrial Rainha D. Maria Pia (mais tarde Escola Industrial de Rendeiras Josefa de Óbidos), sob a direcção de D. Maria Augusta Bordalo Pinheiro, que as rendas de Peniche atingiriam um grau de perfeição e arte difíceis de igualar. Esta arte encontra-se actualmente salvaguardada e dignificada, sendo mais de meio milhar as penicheiras que sabem tecer renda de bilros ou se dedicam à sua confecção. Anualmente, no terceiro Domingo de Julho, celebra-se o Dia da Rendilheira, agora inserido no programa da Semana da Rendilheira, onde muitas são, de facto, as rendilheiras que, no Jardim Público, se exibem perante milhares de pessoas maravilhadas com a beleza das suas obras.
Renda de Bilros
O dia seguinte poderá começar com uma visita ao Museu instalado na Fortaleza de Peniche, que, num passado recente, serviu como prisão política para os opositores ao Estado Novo. Para tal deve seguir pela Avenida do Mar em direcção ao porto, subindo depois a rua até ao Campo da Republica, onde está localizado o Forte. Mandado edificar por D. João III em 1557. Apresenta uma típica traça em estrela, o Baluarte Redondo - primeira fortificação construída na península de Peniche – e no seu interior podem ser observadas a Torre de Vigia, e a Capela de Santa Bárbara. Este imóvel viu o seu espaço utilizado de forma diversa de acordo com as necessidades e as vicissitudes históricas de cada época. Praça militar de vital importância estratégica até 1897, abrigo de refugiados Boers provenientes da África do Sul no início do séc. XX, residência de prisioneiros alemães e austríacos durante a Primeira Guerra Mundial, prisão política do Estado Novo entre 1934 e 1974, alojamento provisório de famílias portuguesas chegadas das antigas colónias ultramarinas em 1974, e a partir de 1984 albergue do Museu Municipal. Actualmente encontrará expostas diversas peças arquelógicas, recolhidas em terra e no fundo do mar, como é o caso dos achados do São Pedro de Alcântara, uma embarcação naufragada que vinha do Peru, em 1786. Noutras salas poderá observar modelos de outros barcos e várias peças relacionadas com a construção naval e a pesca. Possui ainda uma exposição de malacologia, em especial microconchas e uma sala de rendas de bilros, onde é possível observar rendas antigas, assim como inúmeros objectos relacionados com esta arte regional. Finalmente, não deixe de apreciar, no último piso, algumas celas de alta segurança, que foram mantidas intactas para não deixar esquecer os tenebrosos tempos da ditadura.

Museu de Peniche
Local: Campo da Republica
Contacto: 262 78 01 16
Horário: 3ª a domingo das 10h30 às 12h30 e das 14h00 às 18h00
Preços: Adultos ±1 €; menores de 16 anos, reformados e cartão jovem, gratuito.

Volte novamente à Avenida do Mar, entre na Travessa do Cais que encontrará do seu lado esquerdo, vire à direita para a Rua José Estevão e ai encontrará o Largo de Castilho onde pode visitar a Igreja de S. Pedro. Esta igreja, data do final do séc. XVI, encontrando-se dividida em três grandes naves. Nas naves laterais pontificam vários altares consagrados a divindades como Nossa Senhora da Boa Viagem, o Senhor do Bonfim, ou S. Pedro de Alcântara. Já na nave central destaca-se a magnificência barroca da capela-mor consagrada a S. Pedro, decorada com talha dourada e ostentando belíssimas colunas dorsas, para além de várias pinturas setecentistas representando cenas da vida do santo padroeiro.
Depois de visitar a Igreja de São Pedro continue seguindo a Rua José Estavão até ao final da rua. Aí chegará ao Largo D. Pedro V onde está situada a Igreja da Misericordia. Esta Igreja data do início do séc. XVII, sendo pertença da Santa Casa da Misericórdia de Peniche. Esta igreja, anexa ao antigo hospital da referida instituição, ostenta no seu interior uma rara beleza decorativa, visível nos painéis azulejares seiscentistas, nas pinturas a óleo, algumas de grande dimensão, que decoram as paredes com cenas alusivas a acontecimentos evangélicos, e no tecto decorado com caixotões, ilustrando cenas da Vida e Paixão de Cristo. Continue pelo Largo 5 de Outubro à sua direita até entrar na Rua 13 da Infantaria e novamente volte até à Av. do Mar em direcção à sua AC. Passará por um agradável jardim onde poderá parar para se refrescar numa pequena esplanada. Nesse jardim encontrará o monumento de homenagem às rendeiras de bilros.

Pegue na AC, siga pela Av do Mar, R Alexandre Herculano, Av 25 de Abril, até encontrar a N114, Av Mariano Calado, suegindo sempre as indicações para o Cabo Carvoeiro, siga sem pressas parando para admirar as formações rochosas que vai encontrando pelo caminho, como a Varanda de Pilates ou a Nau dos Corvos. Chegará ao Cabo Carvoeiro passando antes pelo farol. Aqui poderá admirar uma magnifica panorâmica sobre o nosso oceano (GPS: N 39º 21’ 36’’ – W 09º 24’ 29’’) e se a visibilidade o permitir apreciar o pôr do sol tendo por pano de fundo as Berlengas. Se achar seguro poderá pernoitar aqui, ou então no Peniche Praia Camping que fica próximo.
Cabo Carvoeiro

Volte pelo mesmo caminho, através da EN114, do lado direito irá encontrar o Peniche-Praia Camping onde poderá pernoitar ou simplesmente utilizar a área de serviços. A utilização da área de serviço custa 3.10€, e o parking da AC varia entre os 4€ na época baixa e os 6,70€ na época alta (pessoas não incluídas).

Peniche-Praia Camping
Estrada Marginal Norte Apartado 50 2524-909 Peniche (N 39º 22’ 10’’ – W 09º 23’ 31’’)
Contactos: Tel: 262 78 34 60 Fax: 262 78 94 47
Horário: 8h-24h na época alta e 9h-20h na época baixa

Junto à EN114 pode ainda visitar a Capela de Nossa Senhora dos Remédios localizada junto à costa no extremo ocidental da península de Peniche, constitui a base de um Santuário consagrado ao culto mariano. Desconhece-se a data de construção desta igreja supondo-se todavia que esta terá sido edificada provavelmente no séc. XVI. Segundo a lenda a imagem de Nossa Senhora terá sido encontrada no séc. XII escondida numa pequena caverna, situada no local onde hoje se ergue a capela, tendo-se iniciado, a partir dessa data, o culto da chamada Senhora dos Remédios.A importância deste culto traduzido em peregrinações anuais, os círios, terá motivado a criação de um santuário no séc. XVII, composto pela referida igreja e por uma praça fronteira orlada de casas nas quais residiam o ermitão e os mordomos, se abrigavam os romeiros, e se implantavam as cavalariças.No que toca a este templo de salientar a capela-mor onde se venera a imagem de Nossa Senhora, os painéis de azulejos setecentistas evocando episódios da Paixão de Cristo, e a chamada capelinha do Senhor Morto, onde se venera uma imagem de Cristo, apelidada de Senhor dos Remédios.
Capela de Nossa Senhora dos Remédios

Volte pela EN114 em direcção à saida de Peniche e na rotunda vire à esquerda seguindo a indicação de Baleal. Se gosta de passeios pedestres, deixe a AC logo no primeiro parque de estacionamento, junto à Praia de Alfarroba. Há, do lado esquerdo da estrada, uma pista para fazer em perfeita segurança, a pé ou de bicicleta, o percurso de Peniche ao Baleal. É um passeio muito agradável, sempre junto às dunas, com cerca de 5 km de extensão, repleto de equipamentos de exercícios que transformam o percurso num verdadeiro circuito de manutenção. Repare também na bonita e variada vegetação que cresce sobre o cordão dunar. O Baleal é um conjunto de boas praias de areia fina que se estendem ao longo de um istmo, formando assim uma espécie de península. No lado voltado a norte, onde o mar é mais agitado, existem óptimas condições para a prática do surf, windsurf e body-board. Já no lado sul, na Praia do Baleal propriamente dita, o mar é mais calmo, e é aí que se encontra a maioria dos banhistas.
É comum observarem-se diversas AC pernoitando no estacionamento que se encontra junto das praias. Estacione aí a sua AC e aproveite para visitar a pé a península que parte deste local através de um uma pequena estrada que atravessa as praias. Tratando-se de uma zona de veraneio, existem diversas estruturas de apoio, incluindo restaurantes e esplanadas.
Ao sair do estacionamento vire à esqueda na direcção de Ferrel. Já nessa localidade siga a estrada para Atouguia da Baleia.

Localizado no centro da povoação, e datado possivelmente do séc. XVIII, encontramos o Touril, que, tal como o nome indica, parece corresponder a uma estrutura utilizada, como palco de lides tauromáquicas, porventura pela ociosa família real e nobreza, frequentemente hospedada no vizinho Paço da Serra de El-Rei.
Desta estrutura, localizada no largo fronteiro à igreja de Nossa Senhora da Conceição, ainda se observam vários esteios de pedra, cravados no chão, delimitando a "arena", apresentando os tradicionais três orifícios. O Touril de Atouguia da Baleia corresponde a um dos raros e, simultaneamente, mais antigos exemplares do género existentes em Portugal.
Touril de Atouguia da Baleia
A Igreja de Nossa Senhora da Conceição, em Atouguia da Baleia, datada dos finais séc. XVII, é um templo de estilo barroco, atribuível ao arquitecto João Antunes, construído com as esmolas da população e de algumas figuras da nobreza portuguesa seiscentista, como a rainha D. Maria Sofia Isabel de Neuburgo, segunda mulher de D. Pedro II. No interior, de uma só nave abobadada, destaca-se a capela-mor revestida a mármore, de diversas tonalidades (desde a colunata torsa do retábulo até aos medalhões das paredes laterais e do tecto), o altar de talha dourada, onde se abriga a imagem da padroeira, peça seiscentista, e as pias de água benta, de mármore da Arrábida, esculpidas em forma de concha.

Igreja de Nossa Senhora da Conceição


Continue pela EN114, quando chegar a Coimbrã, vire à direita (depois dos semáforos) segundo a indicação para a Barragem de São Domingos. Vire logo à esquerda, depois de um canavial, e siga por um caminho de terra batida até junto da água. Esta é uma barragem pequena, mas com muitos recantos aprazíveis, que podem ser explorados a pé, através de um passeio pelas margens, de canoa ou noutra embarcação pequena. A água barrenta não é muito convidativa, mas revela-se muito promissora para os amantes da pesca, que aqui poderão passar bons momentos. Se gosta de observar aves, não se esqueça de trazer os binóculos, já que muitas nidificam nas margens da albufeira. Com a visita à Barragem fica completo este percurso por Peniche. Próxima paragem Óbidos


Barragem de São Domingos


Principais Festas e Feiras:
Festa da Nossa Senhora da Boa Viagem (Primeiro fim de semana de Agosto)
Festival Sabores do Mar (Setembro)

Posto de Turismo de Peniche
Local: Rua Alexandre Herculano 2520-273 – Peniche
Contactos Tel.: 262 789 571 Fax.: 262 789 571 E-mail.:
turismo@cm-peniche.pt
Horários: Todos os dias das 10h às 13h e das 14h às 17h.

3ª ETAPA - LOURINHÃ



Concelho do litoral da Região Oeste, com 146 km2 e cerca de 23.000 habitantes, distribuídos por 11 freguesias, a Lourinhã está hoje servida de excelentes acessibilidades relativamente às principais cidades do país e a Lisboa, da qual dista 63 Kms. O surgimento do nome Lourinhã está, segundo algumas versões ligado à existência de uma povoação romana. No Século XII, já em plena reconquista, foi D. Afonso Henriques quem concedeu ao fidalgo francês D. Jordan as terras hoje conhecidas por Lourinhã pelos valorosos serviços prestados por este na conquista de Lisboa aos mouros. Os seus 12 quilómetros de costa, onde se combinam belas praias, penhascos recortados e tranquilas baías, numa rota que o sol percorre, quente e luminoso, durante todo o ano, são de uma riqueza paisagística única.

Vindo da nossa 2º estapa de viagem, Torres Vedras, quando passar por Casais de Santa Bárbara, encontrará do seu lado direito, no cruzamento para a povoação de Marquiteira, a indicação para o Parque Natural de Fonte Lima. Seguindo sempre as tabuletas, acabará por chegar ao local. Opte por deixar a sua AC um pouco distante do parque, uma vez que não existem parques de estacionamento, e a entrada fica numa descida o que poderá dificultar as manobras. Inaugurado em 26 de Setembro de 1999, este Parque, construído em torno de uma fonte natural e com uma área verdejante de 10.000m2, constitui um agradável espaço de lazer. Constituído por um conjunto de equipamentos como um parque de merendas, um parque infantil e W.C., oferece aos visitantes de todas as idades as melhores condições para uns suaves momentos de repouso, entre o verde do campo, os lagos e cascatas e a excelente vista panorâmica.Todo o recinto está impecavelmente limpo e dispõe de bastante espaço para as crianças explorarem. Os lagos, repuxos e riachos dão muita vida a todo o parque, cuja localização proporciona também uma boa vista dos arredores. Tenha em conta, no entanto, que este parque é escolhido, por vezes, para festas de casamento, o que traz algumas complicações a quem pretenda uma visita normal.



PARQUE NATURAL DE FONTE LIMA

Saindo do parque natural continue a dirigir-se para a Lourinhã. Entretanto, se gosta de praia, volte à esquerda quando vir indicado Porto Dinheiro. Trata-se de uma praia pouco frequentada, que fica numa baia bem abrigada e pode ser uma boa opção para quem gosta de evitar locais mais movimentados. No entanto espere por dificuldades para estacionar a AC pois o espaço disponível não é muito. Continue para a Lourinhã, que já fica bastante perto.

PRAIA DE PORTO DINHEIRO

À entrada da localidade, no primeiro cruzamento vire à esquerda seguindo a direcção do centro. Siga pela Rua Dr. Adriano Franco em direcção a Peniche, através da N247. Siga as indicações para os bombeiros e Câmara Municipal. Na Praça José Máximo da Costa certamente encontrará um local para deixar a sua AC num dos vários estacionamentos aí existentes. Aproveite para iniciar a pé o passeio pela vila.

Siga em direcção ao Largo D. Lourenço Vicente e visite o Convento de Santo António. Classificado como monumento nacional, pertenceu à ordem Franciscana e foi fundado em 1598. O claustro é de forma rectangular, de dois pisos, sendo o superior sustentado em toda a volta por colunas estilo toscano, tendo pilares nos quatro ângulos. As paredes do piso inferior estão revestidas em toda a volta por um lambril de azulejos do séc. XVIII. A igreja do Convento de Santo António, exteriormente é caracterizada pela sobriedade e simplicidade do edifício. Na fachada principal, voltada a noroeste, destaca-se o pórtico com um frontão triangular ostentando a Cruz de Cristo, acima podemos admirar o óculo. Do lado direito da fachada principal, destacam-se os contrafortes e duas saliências que constituem as capelas. Na parede à esquerda da fachada, ergue-se a Torre Sineira, a qual embeleza o edifício e que antigamente era bastante útil à Vila, pois o seu relógio era único. O frontal do altar e as paredes laterais estão cobertas de azulejos, sendo os laterais com cenas da vida de Santo António: no lado direito a Pregação aos Peixes e no lado esquerdo o Milagre da Mula.


IGREJA E CONVENTO DE SANTO ANTÓNIO



Ao sai da Igreja drija-se ao Posto de Turismo que fica a cerca de 100m. em frente, no Largo António Granjo onde, além de ser muito bem recebido, ser-lhe-á dado um mapa da vila e do concelho.


Posto de Turismo
Local: Largo António Granjo 2530 - 119 Lourinhã
Horário: Das 09h30/12h30 e das 14h00/18h00 de 2ª a 6ª
Contacto: 261410127
Fax: 261410108
Web:
www.cm-lourinha.pt/turismo
E-mail:
turismo@cm-lourinha.pt

Ao sair do Posto de Turismo dirija-se em frente, e a cerca de 50m. encontrará a Rua João Luis de Moura, onde, bem proximo da Junta de Freguesia, poderá visitar o Museu da Lourinhã. O seu espólio, oriundo de dádivas da população e de trabalhos de campo, é composto por quatro secções: Arqueologia, Arte Sacra, Etnografia e Paleontologia distribuídas por dois pisos. Este Museu possui a maior colecção ibérica de fósseis de dinossauros do Jurássico Superior e uma das mais importantes a nível mundial. Entre estes fósseis com 150 milhões de anos encontram-se vários vestígios de dinossauros carnívoros como o Lourinhanosaurus antunesi, dos gigantescos herbívoros como o Dinheirosaurus lourinhanensis ou dos vários ovos fósseis de dinossauro carnívoro contendo os mais antigos embriões de dinossauro de todo mundo e o segundo maior ninho conhecido, com mais de 100 ovos. O Museu expõe um série de dinossauros que são os únicos exemplares conhecidos destas espécies. Também é possível observar fósseis diferentes invertebrados, peixes, crocodilos, pterossauros, tartarugas, mamíferos, etc. de diversas idades geológicas .O Museu da Lourinhã também possui o maior espólio etnográfico da Região Oeste com a representação de profissões antigas como o correiro, segeiro, pitrolino, amolador, tanoeiro, etc. sendo uma valiosa herança da cultura regional e nacional. Entre as diversas peças da colecção de Arte Sacra destaca-se uma maquete do séc. XIX de uma magnífica basílica nunca construída.

Museu da Lourinhã
Local: Rua João Luís de Moura 2530 - 157 Lourinhã
Contacto: 261 41 40 03
Horário:Das 10h às 12h30 e das 14h30 às 18h30. Encerra à 2ª feira
Preç0:Crianças, escolas e reformados: 2,00 € (Visita guiada: 3,00 €)Adultos: 4,00 € (Visita guiada 5,00 €)
Sítio:
http://www.museulourinha.org E-mail:museulourinha@mail.telepac.pt

Quando sair do Museu vire à esquerda e bem próximo encontrará a Rua da Misericórdia no sentido ascendente. Sensivelmente a meio desta rua, do seu lado direito, não deixe de reparar no Portal Manuelino do edifício sede da Santa Casa da Misericórdia. O edifício sede da Santa Casa da Misericórdia da Lourinhã, data de 1586 sendo constituído por três construções distintas, de três diversas épocas e estilos que não lhe retiraram uma unidade bastante harmoniosa.No centro do edifício ergue-se a Igreja, com data de 1626, inscrita no tímpano. É um templo de características renascentistas, de uma só nave. O retábulo do altar mor é do séc. XVIII, assim como a tribuna dos mesários e a Capela do Senhor dos Passos, em talha dourada barroca.A nascente da Igreja encontramos a parte mais antiga, que pertenceu à Capela do Espírito Santo, do séc. XVI, com um notável portal manuelino.Do lado poente ergue-se o Hospital, do séc. XVIII em cuja fachada se abre a porta principal encimada com o escudo de D. João V, em pedra calcária branca.Apresenta ainda um rico espólio museológico salientando-se a colecção de pintura quinhentista. Aqui podemos admirar os dois quadros atribuídos ao Mestre da Lourinhã: São João Evangelista na Ilha de Patmos e São João Baptista em Meditação. De inspiração flamenga são considerados da melhor pintura da época no nosso país. Destacam-se ainda, as obras de Lourenço de Salzedo, pintor maneirista, de origem Castelhana, constituídas por quatro tábuas de muito valor, especialmente a de São Jerónimo. Podem também, admirar-se três quadros, atribuídos ao pintor Francisco de Campos, além de uma bandeira da Misericórdia de Diogo Teixeira, em tela.



PORTA MANUELINA NA RUA DA MISERICORDIA


No topo da Rua da Misericórdia encontrará uma escadaria que lhe dá acesso à Igreja do Castelo. Também conhecida como Igreja de Santa Maria do Castelo, a quem foi dedicada, é um monumento gótico da segunda metade do séc. XIV, com duas fases de construção, sendo a primeira atribuída a D. Jordan, 1º donatário da Lourinhã, e a segunda a D. Lourenço Vicente, Arcebispo de Braga, natural da Lourinhã e seu donatário. A planta é constituída por uma nave central, duas laterais e uma abside poligonal. A nave central, mais alta e mais alargada, está separada das laterais por oito arcos ogivais de grande elegância, sustentados por colunas monolíticas com três metros de altura, rematadas com maravilhosos capitéis embelezados com motivos vegetalistas, todos eles diferentes. É também possível admirar a pia baptismal, de forma poligonal oitavada, que contém gravadas nas suas faces duas Cruzes em círculo e uma estrela de cinco pontas.Uma rosácea encima a porta principal e o óculo da parede onde se abre o arco triunfal.


IGREJA DO CASTELO

Depois de visitar este monumento, não deixe de subir ao miradouro do alto do Cruzeiro e desfrutar da bela paisagem existente sobre a Vila da Lourinhã e seus arredores.

Termine o seu passeio perdendo-se e reencontrando-se pelas ruas históricas da Lourinhã, descendo até à rua João Luís de Moura e ao Largo D. Lourenço Vicente

Aproveite para fazer compras no comércio tradicional e restabelecer energias provando uns amendoados, umas areias brancas ou umas delicias do convento, doçaria regional desta zona.

Regresse à AC e tome a estrada para Peniche, a cerca de 3 km encontrará um entroncamento com a indicação de Praia da Areia Branca, vire à direita e siga as indicações para a praia, podendo aproveitar para uns banhos.

PRAIA DA AREIA BRANCA


A nossa visita à Lourinha termina por aqui, partindo em direcção a Peniche, vontando ao mesmo entroncamento e virando para a esquerda.

Festas:
Feira Anual – (Março)
Procissão do Enterro – (sexta-feira Santa)
Festa em Honra de Nossa Senhora dos Anjos (Agosto)
Feira de São Mateus ( Setembro)

2ª ETAPA - TORRES VEDRAS


Hoje centro urbano animado e com um óptimo comércio, a história de Torres Vedras fê-la tornar-se conhecida pelas defesas fortificadas que o duque de Wellington ergueu contra as tropas de Napoleão, durante as invasões francesas (posteriormente conhecidas como Linhas de Torres).
A região, essencialmente agrícola, com extensas vinhas que produzem uma variedade agradável de vinhos possui excelentes praias, onde, embora o mar possa ser bravo e a água não seja decididamente quente, tornaram-se cada vez mais procuradas

A nossa visita pode iniciar-se ainda antes de chegar a Torres Vedras. Após passar por baixo da A8, entre para Torres Vedras pela estrada antiga, virando à direita. Cerca de 400m depois pode ver, do seu lado esquerdo, a placa indicativa para as Termas dos Cucos. Aproveite para visitá-las. Aprecie calmamente a entrada das termas atravessando uma bonita alameda de plátanos e choupos, que o levará a um largo onde estão situados os antigos edifícios das termas. Foi em 1746 que se iniciou a utilização das águas e lamas dos Cucos. Contudo, só no final do Séc. XIX é projectada a construção do complexo termal. Memória de uma época em que o Termalismo se afirmava um pouco por toda a Europa, desvendam-nos as Termas do Cucos o romântico cenário de finais do Século XIX. Embora presentemente encerradas, visitá-las é viajar no tempo, de regresso a 1893, ano de que data o conjunto arquitectónico constituído por Balneário, «Buvette», Hotel, «Challets» e Casino. O ambiente é dominado pelo jogo de luz que se insinua entre colunas, varandas e balaustradas, reflectindo-se no lago do jardim, entre palmeiras e outras árvores de grande porte. A entrada é livre.

TERMAS DOS CUCOS


Regresse à estrada que ali o trouxe, virando à esquerda para Torres Vedras. Cerca de 2km depois passará por baixo de antigo aqueduto mesmo à entrada desta cidade, passe pela ponte que atravessa o Rio Sisandro. Quando estiver por baixo da linha do comboio, encontrará um cruzamento com semáforos. Aí deverá voltar à esquerda. Siga a indicação de centro, voltando à direita na rua, entrado para a Rua 5 de Outubro, vire na 3ª à direita para a Rua Santos Bernardes, e depois na 4ª à direita, após passar o Convento da Graça. Desça até ao final da Rua Álvaro Galrão, até chegar à Rua Maria Barreto Bastos. Aí deverá voltar à direita seguindo a estrada até à 1ª rotunda. Contorne-a voltando para trás, deixando a sua AC no estacionamento que se encontra ao longo de toda a rua. A partir daqui poderá iniciar um passeio a pé para conhecer Torres Vedras.

Caminhe na direcção do Tribunal, que se encontra no final do jardim onde deixou a AC estacionada. Suba a Rua António Batalha Reis que se encontra do lado direito do tribunal e que o levará ao centro de Torres.

No final desta rua iremos encontrar o Museu Municipal de Torres Vedras instalado no Convento da Graça. O Museu Municipal de Torres Vedras foi fundado em 21 de Junho de 1929, com base num conjunto de colecções representativas do valor artístico e histórico do passado de Torres Vedras, tendo começado por ser um pequeno, mas significativo, museu de Arte Antiga. Inicialmente instalado nas Salas da Irmandade dos Clérigos Pobres, anexas à Igreja de S. Pedro, foi transferido, em 1944, para o antigo edifício-sede da Santa Casa da Misericórdia, aumentando consideravelmente a área de exposição. Ao longo dos anos, foi aumentando e diversificando o seu espólio, com especial destaque para a colecção de Arqueologia, que o fez ganhar uma projecção internacional. Em 1989 foi transferido para o antigo Convento de N. S. da Graça. Nos últimos anos, investigações arqueológicas, recolhas sistemáticas e inúmeras doações, têm vindo a aumentar o espólio do Museu. O seu acervo é constituído por importantes colecções de arqueologia, epigrafia, pintura antiga, arte sacra, cerâmica, faiança, porcelana, azulejaria, numismática, medalhística, etnografia, mineralogia, paleontologia, pintura contemporânea, bem como por núcleos históricos dedicados ao município e às famosas Linhas de Torres.


MUSEU MUNICIPAL DE TORRES VEDRAS

Museu Municipal de Torres Vedras
Local: Praça 25 de Abril
Contacto: 261 31 04 84/5
Horário: 3ª a Domingo das 10h às 13h e das 14h às 18h.
Preço: Gratuito aos residentes no concelho, a menores de 12 e a maiores de 65 anos, professores e alunos, funcionários municipais e grupos organizados. Ao domingo é gratuito para todos. Para os restantes o preço é de 0,75 € e de 0,50 € com cartão jovem.


Aproveite para visitar o Convento e Igreja da Graça. Fundado no século XVI, por eremitas de Santo Agostinho, o Convento alberga, actualmente, o Museu Municipal Leonel Trindade. A igreja mantém o seu antigo esplendor e é notável pela talha e imagens barrocas, particularmente da primeira metade do século XVII. Na galilé, as paredes são revestidas com silhares de azulejos de albarradas, datados do século XVIII. A Sala da Portaria tem alguns painéis, também do século XVIII, sobre passos da vida de S. Gonçalo, que foi prior do primeiro Convento dos Agostinhos, na vila de Torres Vedras, ao qual sucedeu o actual edifício. O percurso para a igreja leva-nos, depois, a atravessar uma ala do claustro com abóbadas de aresta e largos silhares de azulejos, datados de 1725, ilustrando a vida de D. Frei Aleixo de Meneses. A igreja, de uma só nave coberta com abóbada de berço, é relativamente estreita, algo monumental e bem iluminada.
Na capela-mor sobressai o grande retábulo do começo do século XVII. Notáveis as esculturas de madeira, particularmente as duas imagens, de grande dimensão, representando Santa Gertrudes Magna e Santa Francisca Romana, obras características do século XVII, com um brilhantíssimo tratamento plástico das roupagens. À direita, pequeno nicho na parede com o túmulo de S. Gonçalo (1422) e curiosa arca com a figura do santo na tampa. No corpo da igreja distribuem-se quatro capelas de cada lado, com boa talha dourada, imagens e inscrições tumulares com belas peças heráldicas. Esta notável igreja possui ainda um silhar de azulejos de tapete e, na varanda do coro, um valioso crucifixo de marfim (século XVII) e dois púlpitos de talha do século XVIII, época dos principais melhoramentos.

CONVENTO E IGREJA DA GRAÇA

Aprecie o jardim que se encontra em frente, na Praça 25 de Abril onde poderá usufrir da sua sombra ou apreciar o Monumento de homenagem ao Exército Luso Britânico que combateu as forças napoleónicas.
Aproveite para tomar um requintado pequeno-almoço na antiga Pastelaria Havanesa que dispõe de uma óptima esplanada e que se encontra a cerca de 50m do largo.
Desça depois a Rua 9 de Abril, que passa à direita da Pastelaria Havanesa e, no Largo de São Pedro entre no Café Brasileira de Torres onde pode provar uns pastelinhos de feijão, especialidade desta terra (4 €/ meia dúzia) .
Aproveite as calorias que acabou de ganhar para visitar, logo em frente, a bonita Igreja de São Pedro. Classificada monumento nacional, reconstruída no século XVI, fachada com um portal tipo manuelino com decoração de influência renascentista que é encimado pelas armas de D. João Ill e de D. Catarina de Áustria. A porta de madeira, (1712) e de almofadas altas, com pregaria. Na parede exterior norte há uma porta lateral quinhentista, de cornijas e aletas. A outra porta, de tipo manuelino provém de uma capela do Turcifal. O Interior é de três naves de quatro tramos, cujos arcos redondos assentam em colunas, com capiteis toscanos. A capela-mor é separada da nave por uma teia seiscentista de pau preto e por uma pequena zona cujas paredes são revestidas de azulejos de ponta de diamante do século XVII. Apresenta grande variedade e riqueza de azulejos de diversas épocas, desde os verdes e brancos quinhentistas (que cobrem as naves laterais) e os de tapete do século XVII, ate aos painéis do século XVIII, como os da capela lateral da Senhora da Boa Hora. Esta capela é coberta por abobada em caixotões de pedra, pintados a fresco, e nela se pode apreciar uma tela do século VII, figurando a "Imaculada Conceição", envolvida por relíquias de Mártires. O altar, hoje de N.ª Senhora de Fátima, do século XVIII tem colunas torsas e capiteis corintios. No último tramo na nave central, junto da capela-mor, os arcos são, pelo seu lavor, ainda de feição manuelina. Esta Igreja possui algumas esculturas notáveis dos séculos XVII e XVIII, nomeadamente: "S. Pedro" e "S. Paulo"; "N. Senhora da Conceição S. Joaquim" e "Santa Ana". Na sacristia podem admirar-se duas tábuas quinhentistas e a sala que comunica com a sacristia: a casa da Irmandade dos Clérigos. Possui tecto de madeira dourada e policromada, onde se encaixam as quatro telas dos Evangelistas. (por Bernardo de Oliveira Góis). Apresenta ainda silhares de azulejos do século XVIII, de cercaduras barrocas, com assuntos tirados de gravuras do pintor espanhol Cláudio Coelho. Lateralmente, quatro telas dos "Doutores da Igreja Latina", provenientes provavelmente de autor setecentista. A portinha do Sacrário possui um alto-relevo de Cristo ressuscitado, em minuciosa escultura estofada. O baptistério tem uma pequena abóbada de meia-laranja e uma fonte de pedra quinhentista, resguardada por uma grade de ferro, de lanças, (1719). Ainda de ferro, mas do século XVI, conserva-se a grade na escada da torre sineira. Finalmente, referência para a arca sepulcral metida num edículo manuelino. Lavrada em pedra da região, à direita, no transepto, onde se encontram os restos mortais de João Lopes Perestrelo, fidalgo da corte de D João II, companheiro de Vasco da Gama numa das suas viagens a índia, e instituidor do morgadio da Quinta do Espanhol (Dois Portos). Junto ao púlpito a lápide de Luís Mousinho de Albuquerque que foi morto em Torres Vedras, em 1846 na batalha entre as tropas do Conde de Bonfim e do Duque de Saldanha.

IGREJA DE SÃO PEDRO


Continuando o seu passeio por esta localidade, percorremos a rua que passa do lado esquerdo da igreja quando estamos de frente para a fachada e virando depois à esquerda, por uma rua estreita, vamos dar a um largo com um pequeno jardim onde fica o Chafariz dos Canos. Esta é a construção mais característica de Torres Vedras. A mais antiga menção a este monumento remonta a 1331, tendo sido reconstruído em 1561 pela Infanta D. Maria, filha de D. Manuel I, e restaurado em 1831. É composto por um pavilhão coberto com abobada de cruzaria. com nervuras que assentam sobre misulas cónicas. Da face do pavilhão rasgam-se arcos ogivais e, a rematar o conjunto, coruchéus e ameias chanfradas do século XVI. O espaço interior é ocupado por um tanque com duas bicas barrocas

CHAFARIZ DOS CANOS



Regresse ao local onde comprou os pastéis de feijão, virado de frente para o café, do lado direito encontra a Rua Dias Neiva, siga por essa rua até encontrar a indicação para o Castelo. Siga as indicações, passando pelas ruelas apertadas, onde poderá vislumbrar uma óptima vista da cidade e arredores. No castelo encontrará um espaço ajardinado que será óptimo para os mais pequenos gastarem as suas energias. A entrada é gratuita e poderá ser visitado entre as 10h e as 17h45 de Maio a Setembro e das 10h às 19h de Junho a Agosto, encerrando à 2ª feira. Aproveite para visitar a Igreja de Santa Maria do Castelo, onde deverá seguir a indicação da seta para procurar a senhora que poderá abrir a porta. A rodear a igreja, um cemitério medieval soterrado, do qual se retiraram algumas cabeceiras de sepultura, actualmente expostas no Museu Municipal de Torres Vedras. O Castelo foi alvo de obras de reconstrução em 1886 e na década de 1980. Reconstruído por D. Afonso Henriques após a conquista aos Mouros foi ampliado, no final do século XIII, por D. Dinis. Foi também alvo de intervenções nos reinados de D. Fernando (1373) e de D. Manuel I (1516). Da estrutura deste monumento resta a porta ogival, encimada pelas armas nacionais manuelinas, ladeadas por esferas armilares com a Cruz de Cristo. No século XVI, o Castelo voltou a ser reparado por D. João Soares de Alarcão e Melo, alcaide-mor de Torres Vedras. Em virtude do terramoto de 1755, apenas restam panos de muralha que assentam em muros de épocas anteriores à Idade Media; uma pequena torre cilíndrica a S.E. (que tem no interior uma sala de dois corpos e dois planos com abóbada de nervuras); no terreiro, sinais do antigo Paço, locais de cisternas e as ruínas do Palácio dos Alcaides, construído sobre alicerces e muros de edificações anteriores.


CASTELO DE TORRES VEDRAS

Visita feita, volte ao estacionamento onde deixou a sua AC. Volte à estrada, invertendo a marcha na primeira rotunda, tomando a direcção de Santa Cruz. Após passar a ponte, na rotunda vire em direcção a Alenquer (direita) e assim que possível estacione. Em frente encontra o Parque do Choupal, onde encontrará um parque de merendas e muito espaço para as crianças brincarem. Do outro lado da estrada existe um bar com uma agradável esplanada.


Voltando novamente à estrada, seguimos a indicação para Varatojo. Na rotunda com um enorme ciclista, vire à sua esquerda. Na rotunda seguinte vire novamente à esquerda e depois à direita. Vá subindo a estrada em direcção a Varatojo até encontrar uma indicação de miradouro do seu lado direito. Trata-se de uma zona de vivendas onde existe um enorme miradouro. A vista abarca toda a cidade e uma boa parte dos arredores.

Volte à mesma estrada, seguindo a estrada para a esquerda até encontrar o Convento de São Francisco. De finais do século XV é monumento nacional e sofreu acrescentos ao longo dos séculos.Fundado em 1470, por voto e devoção do rei D. Afonso V, a Ordem de S. Francisco, sofreu beneficiações com D. João III. Novas ampliações se verificaram nos séculos XVII, XVIII e no século XX. Da primitiva traça conserva a fachada e a porta. A porta apresenta arquivolta ogival, de capiteis com máscaras, hera, cachos de uvas, vinhas, folhas de carvalho e glande, base com moldurado característico do reinado de D. Afonso V. A Igreja do Convento é de uma só nave, sem transepto e as suas paredes são revestidas por azulejos do século XVIII e vários nichos para confessionários, cujos azulejos se compõem de motivos alusivos á confissão. Os altares laterais são revestidos por talha barroca e possuem uma banqueta de mármores embutidos. A capela-mor é o espaço mais rico da Igreja quer pela sua abobada de berço com caixotões, como pelo forro de azulejos do século XVIII com cenas da vida de Sto. António, emoldurados por largas cercaduras. Dispõe ainda de outras riquezas que justificam uma visita demorada ao local. Na sacristia, realce para duas tábuas do século XVII, (representando o Milagre da Mula e o Pentecostes), para os silhares de azulejos do século XVIII, vários armários de parede e um grande arcaz setecentista. O claustro, de tipo gótico, apresenta dois andares, com arcada ogival assente sobre colunas chanfradas.No andar térreo, o tecto é decorado com o emblema de D. João V, acompanhado pela corda franciscana. Na ala norte, uma porta manuelina, decorada com largos florões, dá acesso à capela do Senhor Jesus, que é forrada de azulejos de ponta de diamante. Ainda no claustro, o nicho de Sto. António com azulejos policromados representando o Santo. A sala do capítulo é também de grande interesse pelos seus azulejos de albarradas, do século XVIII, e pelas várias telas entre as quais se destaca a de (Frei António das Chagas). No Convento, há ainda a realçar a Capela de N.ª Senhora do Sobreiro, em frente à entrada da Igreja, construída em 1777. No seu interior apresenta talha dourada, mármores e colunas, cujos fustes possuem placas imitando lapis-lazúli. No coro alto, azulejos com molduras roxas e amarelas, com cenas da vida da Virgem até ao nascimento de Cristo.

Convento de São Francisco
Local: Convento do Varatojo, Torres Vedras
Contacto: 261 31 41 20
Horário: Todos os dias das 9h às 12h e das 15h às 19h
Preço: Gratuito



CONVENTO DE SANTO ANTÓNIO DO VARATOJO



Desça pela mesma estrada, passará pela ETAR de Torres Vedras e, depois de atravessar uma pequena ponte, irá ter a uma rotunda, onde deve virar à esquerda em direcção a Santa Cruz, passando pela localidade de Caixeiros. Antes, se voltar à direita na Gondruzeira e fazendo um desvio de 1 km, poderá apreciar dois moinhos em razoável estado de conservação. Volte à EN9. Nesta estrada poderá apreciar os vastos campos de cultivo e muitas vinhas. Após a localidade de Ponte do Rol encontrará uma rotunda onde deve virar à direita, para a EN247 em direcção a Santa Cruz e Silveira. Pouco depois encontra do seu lado esquerdo um frondoso pinhal. Este parque possui algumas mesas, bancos, assadores, etc. Um local agradável, cujo único senão é ficar junto a uma estrada algo movimentada, sobretudo durante o período estival.

Seguindo caminho em direcção a Santa Cruz, passará, pouco depois, pelo Moinho de Caixeiros, que aparece do lado esquerdo da estrada, junto a um cruzamento com semáforos. O moinho de Caixeiros é um exemplar raro de moinho de vento, pois está implantado num vale, podendo ser designado como um "moinho de várzea". Foi edificado em 1836 em substituição de de uma azenha que tinha sido destruída pelas cheias. No ano de 1986, foi adquirido pela Câmara Municipal de Torres Vedras e após importantes obras de restauro, foi inaugurado em 10 de Julho de 1987. O moinho encontra-se em laboração e está aberto ao público para visita. Neste museu vivo é possível observar a movimentação das engrenagens, a mó a moer os grão de cereal e a fase de ensacamento da farinha. No edifício em anexo esta farinha é usada para confeccionar, com os métodos tradicionais, um excelente pão caseiro, de milho ou de trigo, que podem ser adquiridos e saboreados no local.

MOINHO DE CAIXEIROS


Mais adiante, vire à esquerda, quando vir a indicação Praia Azul. Trata-se de um areal muito amplo, onde, na parte sul, vem desaguar um rio, formando uma laguna. Junto à praia existe um bar com uma boa esplanada, colocada num lugar estratégico. Sobre as dunas, cresce muita vegetação, adaptada a este meio tão rude. ~



PRAIA AZUL


Regresse ao cruzamento com a EN247 e vire à esquerda, para continuar o percurso. Volte a virar à esquerda quando vir a indicação Praia de Santa Cruz (Sul) e dirija-se ao Parque Municipal. Em frente ao parque encontrará um estacionamento gratuito com 700 lugares, servido por um transporte que passa por aquele local a cada 20 min. e que percorre todas as praias da zona por uma valor de 0,50 € a partir dos 12 anos entre 15de Junho e 15 de Setembro. Este estacionamento, juntamente com o da Praia do Navio (500 lugares) e da Praia Nova (500 lugares) parece ser locais indicados para pernoitar, sem a necessidade de levar as nossas AC para os difíceis estacionamentos mais pequenos. Em frente ao estacionamento encontrará um parque de merendas, um campo de jogos, um ringue, um mini-golfe e um parque infantil. Aproveite depois para descer até à praia. Apesar de, nesta zona, o mar estar quase sempre agitado, a praia é muito agradável. Não faltam bares, restaurantes e esplanadas.

Aproveite também para ver o Penedo do Guincho, na Praia do Guincho, e o panorama que se vislumbra do alto do Miradouro de Santa Helena, no final da Praia Formosa.

Continue em direcção a Porto Novo, seguindo a indicação Penafirme e voltando à esquerda quando vir as placas Lourinhã e Praias. A estrada segue junto à costa, onde vão aparecendo outras praias, nomeadamente as de Santa Rita e Porto Novo, onde existem uns restaurantes, nas falésias, com óptima vista.
Adiante passará por um recanto muito bonito, onde o Rio Alcabrichel forma, junto à praia, um lago por onde passeiam alguns patos com os seus filhotes.

Atravesse a ponte e entre em Maceira, onde estão realmente situadas as Termas do Vimeiro. Siga as indicações. As Termas ficam do lado esquerdo, imediatamente antes de uma ponte. À entrada das instalações existe uma torneira onde a empresa deixa qualquer pessoa abastecer-se gratuitamente, até 10 litros entre as 7h30 e as 10h e as 16h e as 18h. Ao fim de semana, no entanto, as instalações estão fechadas, tornando impraticável qualquer abastecimento. Por documentos, e também por tradição, julga-se terem as águas termais do Vimeiro sido utilizadas pela Rainha Santa Isabel. Sabe-se, ainda, que a Infanta D. Leonor, filha de El-Rei D. Duarte, se teria aí acolhido a tomar as águas para cura dos seus males. Porém, o facto histórico mais saliente foi, sem dúvida, a célebre e dura BATALHA DO VIMEIRO, que ocorreu no dia 21 de Agosto de 1808, entre as forças anglo-lusas e o exército francês. O Alvará concedido em nome das ÁGUAS SANTAS DO VIMEIRO, indica que a concessão foi dada com data de 12 de Janeiro de 1921. Estas águas estão indicadas para perturbações dispépticas, disfunções hepato-vesiculares, afecções crónicas dos rins e bexiga e, certas dermatoses.

Depois de abastecer os garrafões, volte à estrada, passe a ponte e logo a seguir volte à direita. Siga pela estrada que acompanha o rio. Existe aí um agradável parque, com piscinas, fontes e zonas de merendas. O parque está aberto todo o dia e a sua utilização é gratuita com excepção das piscinas.

Continuando por essa estrada, passará por uma barreira na estrada, onde a troco de 0,80 € (ida e volta) poderá entrar em Fonte dos Frades e passará por uma atraente paisagem, sempre à beira-rio. Ter em atenção que é proibida a passagem a veículos com mais de 2 Ton., no entanto poderá fazer o percurso de bicicleta ou mesmo a pé. De ambos os lados elevam-se umas falésias rochosas cheias de vegetação, completamente diferente de qualquer paisagem que já vimos durante este percurso. Vale a pena estacionar durante algum tempo, para apreciá-las bem. Se se mantiver imóvel e em silêncio, também poderá observar muitas das aves que frequentam estas paragens.
TERMAS DO VIMEIRO

Chegando ao final desta estrada, terá de voltar novamente há direita, passando junto do centro hípico do Vimeiro. A nossa visita a Torres Vedras termina aqui, devendo seguir a direcção de Lourinhã.


Festas em Torres Vedras: O Carnaval, as Delicias (em Abril com vinhos, queijos e doces), a Feira de S. Pedro (Junho/Julho), o "Castelo de Musica" (Maio), a Feira das Freguesias e o Festival das Vindimas (Novembro).

Outras Informações:
Câmara Municipal:
www.cm-tvedras.pt

Posto de Turismo:

Torres Vedras

Rua 9 de Abril

2560-301 TORRES VEDRAS

Tel. 261 314 094

Fax 261 314 094

E-mail: postoturismo@cm-tvedras.pt

Praia de Santa Cruz

Rua Dr. António Figueiroa Rêgo

Santa Cruz

2560-471 TORRES VEDRAS

Tel.: 261 937 524

Fax.: 261 314 094

(aberto só na época alta)