5ª ETAPA - ÓBIDOS


Deixamos a Barragem de São Domingos voltando à EN114 em direcção a Óbidos, tendo atenção à indicação que nos irá surgir do lado direito para a povoação de Olho Marinho.
Nesta povoação devemos procurar a indicação das Nascentes, (a placa surgirá do lado esquerdo da estrada) que ficam junto a um largo com um coreto. Embora quando tenha passado por este local as nascentes estivessem "secas", existem ainda no local vários tanques, que se estendem por um recinto muito agradável, arborizado e com espaço para as crianças brincarem. Esta nascente de água termal, tem a particularidade de brotar quente no Inverno e fria no Verão. Esta água, considerada boa para o tratamento dos olhos e das doenças de pele ganhou a sua fama por intermédio de D. Inês de Castro, que ali se deslocava amiúde, para tratar os seus olhos. Em Nascentes pode ainda provar as tradicionais as ferraduras, que receberam o nome de “bolo da noiva”, e os pratos resultantes da matança do porco.

Nascentes de Olho Marinho


Continue em direcção a Óbidos, junto à entrada da vila, do seu lado direito, perto do aqueduto, encontrará um amplo parque de estacionamento em terra onde poderá estacionar. Não é raro ver por ali AC passando a noite. Pode optar também por deixar a sua AC do outro lado da estrada num parque de estacionamento asfaltado que é pago. Um pouco adiante do parque de estacionamento existe um bom parque de merendas.
O aqueduto junto ao estacionamento, Aqueduto de Usseira ou Aqueduto de Óbidos foi mandado construir por D. Catarina de Austria por volta de 1570 e ligava Usseira, onde se situa o manancial de água a Óbidos, numa distância de 3 quilómetros.

Aqueduto de Usseira

Óbidos é uma vila típica, onde o tempo parece ter parado. As estreitas ruelas escondem, por detrás do cenário turístico que se impõe aos olhares menos atentos, um sussurro de tempos antigos que nos levam a imaginar como seria a vida das gentes medievais. Aproveite para visitar as verdadeiras lojinhas do comércio tradicional, onde os habitantes se abastecem. Aproveite também para parar numa das muitas tasquinhas e provar uma ginginha local.
Óbidos guarda séculos de história entre as suas muralhas. Com um vasto património de arquitectura religiosa e vestígios histórico-monumentais, a vila de reis e rainhas foi, noutros tempos, local de preferência para descanso ou refúgio das desavenças da Corte. D. João IV e D. Luísa Guerra, D. Pedro II e D. Maria I, D. Leonor, D. Catarina de Áustria e D. Carlos, foram alguns dos monarcas que passaram por estas terras deixando, de uma forma ou de outra, marcas que a vila ainda hoje mantém.
A origem da vila de Óbidos remonta ao século I, à cidade de Eburobrittium. Romanos, visigodos e árabes foram povos que marcaram presença por estas paragens. O ano de 1148 marca a tomada aos mouros de Óbidos, sendo em 1210 doada por D. Afonso II à Rainha D. Urraca. O primeiro condado de Óbidos é instituído em 1636 e, sete anos mais tarde, D. João IV manda reparar novamente as muralhas.

Assim se deixou a sua AC junto ao aqueduto, no estacionamento de terra, atravesse a estrada nacional para o interior da povoação e comece a subir a Rua Direita. Logo à entrada da vila, do lado direito encontrará o Posto de Turismo.

Posto de Turismo
Local: Parque de Estacionamento da Porta da Vila 2510 -089 ÓBIDOS
Contactos: Tel.: 262 959 231 Fax.: 262 955 501 E-mail: posto.turismo@cm-obidos.pt

Um pouco mais à frente, do lado esquerdo encontrará a Igreja de São João Batista . A sua origem remonta a 1309 quando a Rainha Santa Isabel constrói neste lugar, outrora afastado da Vila, uma gafaria ou leprosaria com uma capela dedicada a São Vicente.
Contudo, a configuração que ainda hoje apresenta resulta em grande parte das obras sofridas ao longo do século XVI. Possui uma nave única, estando a capela-mor coberta por uma abóbada de nervuras ogivais, ostentando no fecho central a Cruz de Cristo. A comunicação entre a igreja e a gafaria seria feita através de uma galilé, cujos arcos se detectam no interior. Em meados do mesmo século, sob o reinado de D. João III, novas obras são realizadas, sendo a nave ampliada, fechando-se a galilé, e sendo colocados contrafortes e um novo portal de gosto clássico. É ainda instalado um retábulo da oficina de Garcia Fernandes de cerca de 1540-1550, composto por sete tábuas com cenas do Martírio de São Vicente, hoje no Museu Municipal. Recentemente recuperada com o apoio da Câmara Municipal.

Neste edifício encontra-se a funcionar o Museu Paroquial de Óbidos (ou de S. João), que aposta em exposições temporárias de média duração.

Continuando pela Rua Direita, metros à frente estará na Porta da Vila. Entrada principal da da antiga Óbidos, é encimada pela inscrição - «A Virgem Nossa Senhora foi concebida sem pecado original» - mandada colocar pelo Rei D. João IV, em agradecimento pela protecção da Padroeira aquando da Restauração da Independência em 1640. No seu interior encontra-se a capela-oratório de Nossa Senhora da Piedade, Padroeira da Vila, com varandim barroco e azulejos azuis e brancos (c.1740-1750) com motivos alegóricos à Paixão de Cristo, representando a Agonia de Jesus no Horto e a Prisão de Jesus.

Porta da Vila

A Rua Direita é assim conhecida desde o século XIV e constitui a rua principal da vila de Óbidos, que liga a porta da vila ao Paço. Nos séc. XVI e XVII, as importantes transformações que sofreu esconderam os antigos portais góticos. Dentro das muralhas não existem números de polícia, identificando-se as casas somente pelo nome e rua. De resto, a mais recente planta toponímica data do séc. XVIII.


Rua Direita

Continuando pela principal rua da povoação intramuralhas do lado direito num pequeno terreiro encontraremos o Padrão Camoniano, inaugurado em 1932 e que homenageia o poeta, atestando a sua referência à povoação na obra "Os Lusiadas".

Aproveite para visitar as inúmeras lojas de vinhos e artesanato que se encontram ao longo de toda a Rua Direita, ou mesmo as escondidas nas pequenas ruelas e travessas. Nelas poderá adquirir o que de melhor se produz neste sector, na região e no país. Em certos estabelecimentos poderá provar a famosa ginginha de Óbidos. Este é um dos mais afamados produtos locais, que podem ser adquiridos na Loja do Vinho, onde se encontram as duas marcas locais (Frutóbidos e Oppidum), assim como os conhecidos vinhos de concelho: Oiro de Óbidos e Gaeiras. Igualmente típicos são os bordados, criados em 1950 pela obidense Maria Adelaide Baptista Ribeirete, inspirando-se em elementos arquitectónicos da Igreja de Santa Maria, que podem ser adquiridos na Loja do Lagar.

Referência ainda para as verguinhas de Óbidos, na Oficina do Barro (Largo de Santa Maria). As mantas de retalhos na Loja do Simão (ao fundo da Rua Direita) feitas por Laura Santos. João Ramos tece e expõe na Loja do Artesanato Português (Rua Direita, junto ao Largo de Santa Maria) mantas de tiras de pano. Quanto a artesanato contemporâneo, as cerâmicas pintadas de Albino d'Óbidos podem ser vistas na Casa Mourisca (Rua Direita). De referir, ainda, a pintura em cerâmica de Grazinella Rinaldas (Loja Porão, Rua Josefa de Óbidos), as telhas pintadas de José Artur Correia (Espaço Oppidum, início da Rua Direita) e os moinhos de António Júlio Rodrigues (na sua própria loja, Rua Direita). No Museu Municipal vende-se o interessante «Óbidos, um Convite ao Olhar», ilustrado com fotos de Rui Cunha.



Ginginha de Óbidos

Continundo o percurso do lado direito encontrará a Travessa do Beneficiado Malhão, desça esta travessa e chegará à Igreja de São Pedro. Templo de raiz medieval, foi arruinado pelo terramoto de 1755. Nele cruzam-se elementos barrocos, neoclássicos e eclécticos. Os historiadores locais dizem que possuía pinturas de Josefa d'Óbidos, pintora quinhentista, que aqui está sepultada. A igreja possui um retábulo dourado de talha vinda do Brasil.

Em frente está situada a Capela de S. Martinho. Consiste numa capela funerária familiar. . Na frontaria, rematada por cachorrada, destaca-se o pórtico ogival de três arquivoltas assentes sobre colunas de capitéis vegetalistas e encimado por uma inscrição gótica. No interior, coberto por abóbada nervada, encontram-se três túmulos em arcossólios ogivais, apresentando um deles uma espada esculpida. No exterior conservam-se ainda dois túmulos medievais, sendo o da direita armoriado com cinco escudos representando as armas das famílias Pó, Nóbrega ou Aragão (?) e Portugal (Quinas).

Capela de São Martinho

Voltando à Rua Direita, antes de chegar à Praça de Santa Maria, do seu lado direito, encontra-se o Museu Municipal de Óbidos. Aqui encontrará uma colecção de pintura, arte sacra, armas da Guerra Peninsular (colecção doada em 1961 pela família Pinto Bastos) e fragmentos arquitectónicos medievais. Na pintura, destaque para obras de Josefa d'Óbidos (em particular para o retrato do Beneficiado Faustino das Neves), assim como para um calvário flamengo da passagem dos sécs. XV e XVI, um conjunto de painéis de São Vicente, da Escola Garcia Fernandes (1540-50), três painéis de S. Brás, de Diogo Teixeira (1580-90) e obras prováveis de Baltazar Gomes Figueira (pai de Josefa d'Óbidos), como a «Adoração dos Magos». Da arte sacra destacam-se uma imagem de S. Sebastião, da Escola Coimbrã (1515-20), e várias bandeiras de procissão do séc. XVII, ainda usadas nas comemorações da Semana Santa.

Museu Municipal de Óbidos
Local: Praça de Santa Maria
Horário: 10h às 12h30 e das 14h às 18h. Encerra aos feriados.
Preço: 1,25€ a partir dos 12 anos

Depois de visitar o Museu continue subido a rua, poucos metros á frente de lado direito encontrará a Praça de Santa Maria. Desca essa rua e irá poder ter uma vista sobre os antigos Paços do Concelho.
Do seu lado direito encontra umas escadas, desça-as para chegar à Igreja da Misericórdia, antigamente denominada Capela do Espírito Santo, tendo sido aqui fundada a Santa Casa da Misericórdia de Óbidos pela Rainha D. Leonor em 1498. A igreja sofreu várias reformas, sobretudo a partir de finais do século XVI, quando é reedificada, sendo a mais importante, pelo menos no seu interior, a levada a cabo na segunda década do século XVII pelo Provedor da Misericórdia e Prior de São Pedro, Doutor João Vieira Tinoco. No exterior destaca-se o portal de arrojada composição, rematado por um nicho com uma imagem da Virgem com o Menino de cerâmica vidrada e pintada, de provável produção lisboeta dos anos de 1665 a 1680 (José Meco, 1998). As portas de madeira estão datadas de 1623. O interior, de uma só nave, está integralmente revestido de azulejos azuis e amarelos de tipo padrão (c.1625-30). Assinale-se o importante conjunto de talha maneirista formado pelo cadeiral/tribuna dos mesários e pelos retábulos. O retábulo da capela-mor, obra do entalhador Manuel das Neves sob risco de João da Costa, ostenta duas grandes pinturas de André Reinoso - a Visitação da Virgem a Santa Isabel e o Pentecostes, de cerca de 1628-1630. Os colaterais, também do entalhador Manuel das Neves, de 1626, dourados por Belchior de Matos que havia pintado o painel da Invenção da Santa Cruz para o do Evangelho, hoje no Museu Municipal, abrigam hoje as imagens do Senhor dos Passos e de Nossa Senhora das Dores, ambas de “roca”, encimados por pinturas também de André Reinoso - Cristo a caminho do Calvário e o Descimento da Cruz. Em meados do século XVIII a igreja terá sido reformada uma vez mais, como atesta a data de 1744 na fachada, de que datarão o escudo real que encima o portal da igreja, um outro que encima o arco triunfal, a pintura sobre o mesmo arco, os dois armários laterais da capela-mor e o tecto da nave, com as armas reais no centro. Destaque ainda para o púlpito de pedra lavrada, com a data de 1596, decorado por cartelas e volutas que ostenta na base uma curiosa urna para recolha de ofertas, e para a laje tumular armoriada setecentista da Condessa de Cavaleiros, D. Luísa Guerra. Da sua imaginária salienta-se o magnífico Cristo Crucificado de provável origem espanhola (século XVII) e as imagens da Virgem com o Menino, Santo António e São José, todas na capela mor. Exposta na igreja pode admirar-se ainda a antiga bandeira da Santa Casa da Misericórdia, pintada por Diogo Teixeira em 1592, que parece representar na figura do rei as feições de D. António, Prior do Crato (Sérgio Gorjão, 2000). Anexo a esta igreja fica o antigo Hospital da Misericórdia.


Cruzeiro e Igreja da Misericórdia


Volte a subir as escadas para chegar à Praça de Santa Maria e visite a igreja do mesmo nome. Provavelmente fundada no período visigótico, esta Igreja foi transformada em mesquita, durante a ocupação árabe. Esta Igreja é uma verdadeira obra-prima, sendo este templo um dos mais extraordinariamente belos do Oeste e de Portugal. Deste monumento, diz José Saramago: “A Igreja de Santa Maria é, toda ela, uma preciosidade. É-o imediatamente na proporção geral da frontaria, no delicado portal renascentista, na robusta e sóbria torre sineira. E torna a sê-lo lá dentro nas magníficas decorações do tecto, festa dos olhos que não se cansam de percorrer volutas, medalhões e mais elementos, onde não faltam figuras enigmáticas e pouco canónicas; é-o também no túmulo do Alcaide mor de Óbidos e de sua mulher, obra atribuída ao fertilíssimo Nicolau de Chanterenne e que é sem dúvida do mais belo do que o renascimento produziu; é-o igualmente pelas pinturas de Josefa de Ayala [Josefa d’Óbidos] (…)”

Igreja de Santa Maria

Quando sair da Igreja, do seu lado direito poderá admirar o antigo Solar dos Aboins (actualmente edificio dos correios) mandado construir por D. João V em 1748, para que o fidalgo Aboim dispusesse de uma residência digna de acolher o rei, e o Telheiro da Vila que serviu de mercado até ao início do século XX. Em frente pode-se admirar o Chafariz da Vila ou Chafariz de D. Catarina. Construído no século XVI, possui duas bicas sendo antigamente alimentado pelo Aqueduto da Usseira, encontrando-se, sobre as bicas, duas lages rectangulares. Sobressai, igualmente, um arco de volta perfeita que contém as armas da rainha D. Catarina de Áustria, esposa de D. João III.


Solar dos Aboins


Chafariz da Vila

Volte à Rua Direita, onde irá subir até chegar às portas do Castelo. Do lado direito da porta encontra-se a Igreja de São Tiago. Mandada construir por D. Sancho I, em 1186, possuía originalmente três naves com a entrada principal virada a poente, comunicando assim directamente com o interior do castelo. Era a igreja de uso da Família Real aquando das suas estadas em Óbidos, sendo enriquecida ao longo dos séculos com numerosas obras de arte, de que se destacava a Galeria da Rainha, obra de talha gótica. A igreja foi totalmente destruída pelo terramoto de 1755 e reconstruída em 1772, com a fachada alinhada com a Rua Direita e cabeceira voltada a norte.


Igreja de São Tiago

Depois de visitar a Igreja, é o momento de visitar o monumento emblemático da vila, o Castelo. De origem romana, foi mais tarde uma fortificação sob o domínio árabe. Classificado como Monumento Nacional o castelo apresenta um estilo arquitectónico militar
Assente sobre um penhasco à beira de extenso areal que ainda há pouco mais de dois séculos as águas do mar cobriam o castelo de Óbidos está completamente restaurado sendo assim um dos mais belos castelos em uso


Muralha do Castelo

Formando quadrado, com uns trinta metros de lado, a muralha reforçada de torreões cilíndricos e de torres quadrangulares cerca um terreiro no qual se erguia o paço do alcaide, onde uma robusta torre, se integra no conjunto. O morro onde assenta o castelo parece ter habitado já em tempos pré-históricos, segundo indicam os vestígios alimentares ali encontrados.
Como porto de mar, Óbidos deve ter chamado a atenção dos vários povos cujo domínio se exerceu no ocidente da Península; no decurso desses sucessos, os Romanos e com certeza os invasores muçulmanos, a fortificaram. De resto, pode intuir-se a resistência que se crê ter ai encontrado a hoste de D. Afonso Henriques, quando em 1148, , o nosso primeiro Rei lançou-se na tarefa de apossar-se de toda a região vizinha. No tempo de D. Fernando, em 1375, foi construída a grande torre de menagem D, Manuel I, deu a Óbidos foral em 1513 tendo ordenado a realização de alguns melhoramentos no castelo. Depois disso, atravessando os séculos sem casos de guerra que se inserissem na sua história, o castelo de Óbidos, já desprovido de eficiência militar, mas ainda bem conservado, teve-os todavia nas suas vizinhanças por ocasião das Invasões Francesas, quando, em 1808, o exercito de Junot, primeiro invasor, se viu hostilizado pela sublevação das populações e combatido pelas forças militares anglo-lusas, pois nas proximidades da via se travaram as escaramuças que preludiaram a derrota dos franceses na batalha da Roliça, também ali próxima. Porém se Óbidos e o seu castelo foram parcos em ocorrências bélicas, brilham ainda neles um secular halo de lealdade e um imperecível timbre de seus feitos.

Não termine a visita sem subir ao castelo, percorra o caminho de volta à sua AC pelas muralhas de onde poderá apreciar a magnífica panorâmica sobre os arredores. Curiosamente, há alguns séculos, as águas da Lagoa de Óbidos banhavam os muros do castelo, do lado poente.




Se estiver a precisar de "mudar àguas" à sua AC entre na A8, virando à direita na rotunda à saida de Óbidos em direcção às Caldas. Siga na autoestrada em direcção às Caldas. Ao Km 79 encontrará uma AS tem local para despejo de casetes, e por cima uma torneira com água imprópria para consumo que serve para lavar as cassetes e outra torneira marcada como água própria para consumo, para abastecimento de água. Tem uma espécie de calha no chão que conduz as águas sujas, para a grelha que as recolhe. Possui ainda WC com duche e zona WI-FI.

Se preferir ir pela EN siga também em direcção às Caldas da Rainha, do seu lado esquerdo passará por um imponente edifício, que surge bem destacado, num descampado. Trata-se do Santuário do Senhor Jesus da Pedra. Este singular edifício foi construído entre 1740 e 1747, em substituição de uma pequena capela que ficava a cerca de 300m a norte deste local. A sua denominação advém de uma cruz de pedra com a imagem de Cristo gravada, de data e origem desconhecidas. Repare na magnifica abóbada pintada e no pequeno coche que, até há pouco tempo, servia para transportar a imagem da Virgem nas peregrinações à Nazaré. Fora da Vila, na estrada para as Caldas da Rainha, ergue-se o Santuário do Senhor da Pedra, templo inaugurado em 1747. O risco da obra é de autoria do Arq. Capitão Rodrigo Franco (da Mitra Patriarcal) e tem a particularidade de articular um volume cilíndrico (exterior) com um polígono hexagonal (interior), em planta centrada à qual se anexam três corpos (dois correspondentes às torres e outro que corresponde à sacristia). No seu programa de simetrias destaca-se o jogo de janelas invertidas. O seu interior apresenta três capelas: a capela-mor dedicada ao Calvário, com uma tela de André Gonçalves, e as capelas laterais dedicadas a Nossa Senhora da Conceição e à Morte de São José, com telas de José da Costa Negreiros. A "estranha" imagem de pedra de Cristo Crucificado, em maquineta própria no Altar-Mor, esteve até à inauguração do Santuário recolhida numa pequena ermida junto à estrada para Caldas da Rainha onde era objecto de grande devoção, nomeadamente do Rei D. João V.

Santuário do Senhor Jesus da Pedra



Santuário do Senhor Jesus da Pedra
Horário: Todos os dias, das 9h30 às 12h30 e das 14h20 às 18h40
Preço: gratuito


Diante do Santuário, existe um grande recinto, onde as crianças, normalmente menos interessadas em pormenores históricos e arquitectónicos, podem andar de bicicleta. Junto a um restaurante, que aí se encontra repare no bonito Chafariz Rocaille, da segunda metade do Séc. XVIII.

Festas e Feiras

Festa de Nossa Sra. da Graça (Fev)

Festival Internacioal do Chocolate (Fev)

Festa e Feira de Santa Cruz (Mar)

Festas Religiosas da Semana Santa (Semana Santa)

Mercado Medieval de Óbidos (Jun/Jul)

Festa de São Pedro (Jun)

Festa e Feira de Santa Iria (Out)

Obidos Vila Natal (Dez)

1 comentário:

Anónimo disse...

os meus parabens, pelo relato da viagem historica.